O candidato do PSOL ao Senado, Marcos Dias, defendeu hoje medidas radicais para moralizar a política brasileira. Em entrevista à Rede Paraíba Sat, ele declarou que se for eleito vai articular uma mobilização popular para pressionar os membros do Congresso Nacional a aprovar projetos que inibam a prática de improbidade ou atos diversos de corrupção.
– Eu vou fazer uma atuação para forçar o parlamento a promover as reformas que são necessárias neste país. Eu defendo um levante. Duvido que se 100 mil pessoas ocuparem o Distrito Federal os parlamentares não vão ceder às reclamações da população. É preciso fazer uma lei que transfira poderes ao povo para
afastar políticos corruptos. Existe a democracia direta e podemos, em uma ampla mobilização popular, garantir esses poderes ao povo para destituir políticos sem que sejam cumpridos os trâmites oficiais. Se não for assim, tudo vira pizza.
Marcos se queixou das pesquisas, em que ele raramente tem pontuado, mas admitiu que tem sérias dificuldades para fazer campanha:
– Alguns institutos devem ser levados em consideração e outros não. Eu atribuo essa pontuação mínima ao espaço que nós temos. Eu tenho 28 segundos para aparecer no guia eleitoral. Outros candidatos têm muito mais tempo. Outro problema é a estrutura: não temos carros de som e nem recursos humanos. Nossos adversários espalharam a campanha por todo o Estado. Me comparo a um indiozinho com um tacape lutando contra megaestruturas. Eu questiono a pesquisa Consult que me citou como Marcos Antõnio e meu colega como Edgard Afonso. Os nomes são Marcos Dias e Edgard Malagodi. Tem uma outra candidata que não participa de debates e nem de entrevistas e está na frente. Eu não acredito e digo à população que não leve em conta os números da Consult.
O candidato do PSOL prestou contas de sua campanha à Justiça Eleitoral e gastou até agora R$ 1,7 mil.
– Minha despesa de campanha foi feita com minha família, amigos e militantes. Mandei fazer 30 mil impressos e só consegui distribuir dois mil. Não tenho pessoal para distribuir mais.