O candidato ao Senado pelo PSOL, Marcos Dias, foi o mais contundente entre os postulantes entrevistados na Rede Paraíba Sat na série que terminou hoje. Ele criticou fartamente seus adversários Cássio Cunha Lima (PSDB), Efraim Morais (DEM), Wilson Santiago (PMDB) e Vital Filho (PMDB). Entre suas metas, Marcos citou o apoio ao projeto apresentado pela ex-senadora Heloisa Helena (PSOL), que torna a corrupção um crime de natureza hedionda.
– Aqui na Paraíba, tivemos dois candidatos, um é o ex-governador, cassado, temos o Efraim Morais, que nos últimos tempos está em evidência por denúncias de improbidade, mas nossa campanha é de apresentar propostas e também alertar a população. Me preocupo muito com outros dois candidatos que têm tido procedimento nada recomendáveis. Um deles é Wilson Santiago. Eu quero dar publicidade a essa denúncia porque ela foi feita por Jarbas Vasconcelos e talvez justifique a estrutura que está por trás do candidato. O outro candidato, Vital Filho, também foi acusado de conceder passagens aéreas internacionais a parentes.
Indagado sobre a existência de provas quanto aos adversários, Marcos resumiu que as acusações estariam disponíveis na imprensa da Paraíba.
– Eles nunca responderam de forma clara. Isso merece ser esclarecido. A Paraíba merece uma satisfação.
Mesmo admitindo ter dificuldades estruturais severas, como a ausência de assessoria jurídica e contábil, Marcos Dias disse que sua candidatura não é apenas para marcar a inserção de seu partido na disputa:
– Eu sou um idealista. Sei que a campanha da esquerda tem uma função pedagógica, mas estou concorrendo para valer. Eu não pretendo cometer nepotismo, nem sugerir a criação de cargos sem concurso, nem apresentar emendas para ganhar propina. Eu não concordo, também, com o que o candidato Vital Filho disse que apresentou emendas para todos os municípios onde teve mais de 500 votos. Não acho que isso seja um critério. Eu discordo.