A partir de agora, o público tem mais três motivos para vistiar a Fundação Casa de José Américo, localizada na Avenida Cabo Branco, em João Pessoa. O governador José Maranhão inaugurou às 19h de hoje, mais dois ambientes no Museu Casa de José Américo: a biblioteca e a sala de multimídia. A instituição também está realizando uma série de exposições fotográficas do acervo de cerca de 3 mil fotos de José Américo de Almeida. Cada edição das exposições será composta por 30 fotos inéditas do ex-governador da Paraíba.
O governador José Maranhão visitou todos os ambientes e revelou que a vida de José Américo como político e escritor é um capítulo brilhante da história política da Paraíba. “Zé Américo conseguia impor a sua personalidade forte e genial na política e na vida literária”, ressaltou Maranhão. O governador parabenizou o trabalho realizado pela presidente da fundação, Letícia Maia, e toda sua equipe, que nos 22 meses de governo desenvolveram diversas atividades culturais.
Letícia Maia, presidente da FCJA, afirmou que de agora em diante os pesquisadores e o público em geral poderão ter acesso ao acervo fotográfico de três mil fotos digitalizadas da época em que atuou José Américo; além de visitar e pesquisar nos livros da biblioteca pessoal do ex-governador e ex-senador paraibano, com cerca de sete mil títulos, dentre eles, obras raríssimas.
O presidente da Academia Paraibana de Letras, acadêmico Juarez Farias, revelou que os três projetos lançados nesta quarta-feira é um passo importante para consolidar o papel da Fundação na Paraíba, o de guardar bem e de divulgar o acervo do político, do escritor e do homem público que foi José Américo.
A casa de José Américo foi transformada em Museu em 1982 e conserva as mesmas características de quando o escritor residia nela, com mobiliário da época, obras de arte, objetos de uso pessoal, comendas, assim como a biblioteca e o arquivo fotográfico.
Foram catalogadas mais de 1000 obras, das quais 150 obras raras. A exemplo do Dicionário de Filosofia Volumes 1 e 2, de Orris Soares; Dicionário da Língua Portuguesa Tomo 1 e 2, do século XIX (de 1877 e 1878, respectivamente); a primeira edição fac-similada de Os Lusíadas, de Camões (século XVI) e de Dom Quixote (século XVII); a primeira edição de Elementos da Bibliofilia, de Antônio Houaiss; e um incunábulo – obra do tempo da invenção da imprensa – que cobre o período da Bíblia de 1453 a 1499.
Na sala de multimídia, os visitantes poderão assistir vários vídeos referentes à vida e obra de José Américo, além do filme “O Homem de Areia”, do cineasta paraibano Wladimir de Carvalho, com entrevistas ao vivo do escritor e ainda uma coleção de vídeos sobre a cultura nordestina.