A deputada gaúcha Manuela D’Ávila foi confirmada há pouco como candidata do partido à Presidência da República pelo Partido Comunista do Brasil. A candidatura foi formalizada em convenção nacional do PCdoB em curso na Câmara, na presença do governador do Maranhão, Flávio Dino, e da presidente da legenda, a deputada federal Luciana Santos, entre outros correligionários.
Em discurso no evento, realizado no auditório Nereu Ramos, Manuela fez forte crítica ao que classifica como “golpe”, na figura do presidente Michel Temer e seus apoiadores, e à Justiça brasileira – que, segundo a candidata, atua politicamente e age para manter o ex-presidente Lula, preso desde 7 de abril em decorrência da Operação Lava Jato, fora da disputa eleitoral deste ano.
“Nesse momento, o maior líder popular da história do nosso país está encarcerado de forma injusta. Lula está preso porque lidera as pesquisas. Porque, solto, venceria as eleições A democracia brasileira está presa naquela cela em Curitiba. É por isso que a nossa pré-candidatura sempre se somou aos gritos de ‘Lula livre'”, discursou a candidata, que mesmo na disputa pode compor uma chapa encabeçada por Lula, que deve ser declarado inelegível, ou pelo ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, um dos coordenadores da campanha petista.
A candidatura de Manuela foi definida por aclamação, em votação simbólica. Para sinalizar a posição unânime, delegados do PCdoB levantaram suas credenciais em apoio à deputada. Ela mesmo tratou de lembrar aos correligionários que é a terceira candidatura própria do partido à Presidência da República.
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