O pré-candidato a deputado federal Luiz Couto (PT) manifestou repúdio à atitude do vereador Josmá Oliveira (Patriota), de Patos, no Sertão paraibano, que invadiu uma área de cuidados médicos da UPA. Segundo o petista, a passagem do parlamentar pelo local se deu perturbando e constrangendo pacientes, inclusive, uma mulher que estava tendo cuidados de higiene no momento, em situação de intimidade.
O fato aconteceu no último sábado, dia 9 de julho, por volta das 22 horas, e de acordo com a secretária de Saúde de Patos, Brígida Emmanuelli, a atitude do vereador revoltou todos os servidores do local e um Boletim de Ocorrência foi registrado.
“Foi uma atitude que extrapolou os limites do bom senso e feriu a dignidade das pessoas que ali se encontravam, o que merece rechaço e responsabilização. Foi um ato leviano e desrespeitoso do vereador Josmá Oliveira, que violou o direito à privacidade e a um tratamento de saúde digno, merece não só o mais absoluto repúdio, como uma sanção legislativa, já que se trata de uma clara deturpação da atividade de um parlamentar municipal. As pessoas que foram expostas e constrangidas em um momento de vulnerabilidade merecem que sejam tomadas medidas para que o vereador seja responsabilizado”, declarou Luiz Couto.
Josmá Oliveira foi denunciado na Câmara de Patos por quebra de decoro parlamentar. O caso também foi levado ao Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba (COREN/PB), pois o vereador acabou constrangendo a equipe de enfermagem ao se dirigir até o ambiente de repouso da enfermeira plantonista.
À imprensa local de Patos, Josmá negou que tenha invadido a UPA e afirmou que estava fiscalizando a quantidade de médicos que estavam atendendo na duas UPAs da cidade, no Jatobá e no Bivar. “A visita se deu dentro da normalidade, como sempre. Não localizei os dois médicos nos consultórios, até aí então, adentrei nos outros repartimentos da UPA, a gente sabe quais são as repartições, as salas que a gente pode entrar, não tem nada a ver com vestuário de enfermeiro, nada disso. A gente bate em todas as portas, sempre com educação, garantindo o direito do cidadão, inclusive eu tenho até testemunhas. Não teve transtorno, não teve nada de invasões, eu bato nas portas, bati na porta da área vermelha. Meu único objetivo era ver se o médico estava lá, uma vez que não estava no seu consultório. Sou muito cuidadoso com a intimidade de todo mundo e de todos os pacientes, a gente sabe o que pode filmar e o que não pode, não tem ninguém despida, enfim”, comentou.