O deputado federal Luiz Couto denunciou, nesta terça-feira, arbitrariedades dentro do Comando da Polícia da Paraíba. “Enquanto policiais militares, acusados de envolvimento em grupos de extermínio só permaneceram encarcerados por dez dias, o PM Rodrigues esta recluso há quase um mês por ter desobedecido à determinação de um oficial de não se alimentar no Quartel, mesmo em serviço”, critica o parlamentar.
O soldado da PM, Gilson Rodrigues da Silva foi preso em flagrante delito, e continua encarcerado no 1º Batalhão da PM, em João Pessoa, à disposição da Justiça Militar. Ele trabalha no Posto de Apoio Comunitário do Aeroporto Castro Pinto, em Bayeux. No último dia 18, o soldado foi fazer a refeição, como de costume, no Rancho do Corpo de Bombeiros, no local, porém foi informado que o serviço havia sido suspenso para os policiais militares. Rodrigues ignorou a determinação e se dirigiu ao refeitório, mas antes de terminar o almoço recebeu voz de prisão de um oficial do Comando do Corpo de Bombeiros.
“De acordo com o Regimento Interno da PM, o policial de serviço ou em folga tem garantido o seu direito à alimentação. O aviso do corte da alimentação deveria constar na escala de serviço da guarnição que trabalha no Aeroporto Castro Pinto. Esse direito a alimentação também foi infringido no Batalhão já que o policial ficou na prisão sem alimentação até a hora do jantar”, disse Couto.
Segundo ele, o policial também reclama a falta de seus pertences, recolhidos no momento de sua prisão. Ele verificou a falta de sua carteira que continha cartões de crédito, cerca de R$ 180,00 e sua identidade militar.
Outro caso citado pelo deputado se refere ao tratamento dado ao soldado da PM Carneiro que numa abordagem policial foi ferido e levado ao Hospital de Emergência e Trauma, na Capital. No local, o soldado foi cirurgiado e posteriormente não teve direito a uma cama permanente, apartamento e à assistência social.
“Os policiais militares têm sofrido constantes desrespeito aos seus direitos básicos. A política estadual de Segurança Pública não beneficia os bons policiais militares, muito pelo contrário”, argumentou o deputado Luiz Couto.