“Não gostaria de ver um governo se esquivando de suas obrigações alegando a falta de recursos ou, o que é pior, a falta de bom senso do Poder Legislativo que permanece imobilizado e insensível diante da grave situação em que vive a maioria dos paraibanos”. Estas foram as palavras proferidas ontem, em Brasília, pelo deputado Luiz Couto (PT-PB) ao defender a aprovação do empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Luiz Couto disse que, como integrante da bancada da Paraíba no Congresso Nacional, não pode silenciar diante de uma postura política vingativa que só contribui para que o estado fique sempre na contramão do desenvolvimento e dos investimentos.
Couto afirmou que, enquanto parlamentar federal e presidente do PT, tem assumido uma postura clara de construir um projeto de mudança para a Paraíba em sintonia com o projeto nacional e, por isso, mesmo com a disputa política, “não posso concordar com o posicionamento de deputados que estão dificultando a aprovação do empréstimo a fim de criar embaraços à atual administração”.
“Qual o receio da Assembléia Legislativa da Paraíba em autorizar um empréstimo do governo federal que tem critérios claros para acompanhamento, fiscalização e controle por parte do legislativo?”, indagou Luiz Couto, acrescentando: “quero contribuir para que avancemos no caminho do desenvolvimento sustentável que venha a dar respostas urgentes aos graves problemas enfrentados pela nossa população”.
O parlamentar defendeu a aprovação do empréstimo, por parte da Assembléia Legislativa, justificando que os governadores do Nordeste estão buscando o Programa Emergencial de Financiamento (PEF) por entenderem que vai viabilizar a retomada dos investimentos estruturantes em seus estados, que têm até 31 de dezembro para contratar o PEF.
“Os recursos disponíveis estão distribuídos da seguinte forma: Sergipe e Alagoas: 166 milhões; Rio Grande do Norte: 167 milhões; Piauí: 172 milhões; Paraíba: 191 milhões; Pernambuco: 276 milhões; Maranhão: 288 milhões; Ceará: 293 milhões e a Bahia: 375 milhões de reais. Boa parte desses estados já realizou a operação de contratação solicitando a liberação dos recursos junto ao Tesouro Nacional”, complementou.