O vice-governador da Paraíba, Luciano Cartaxo (PT), admitiu hoje pela primeira vez ter saído magoado do processo que lhe excluiu da chapa de José Maranhão (PMDB). Em entrevista ao programa Conexão Paraíba, da Tambaú FM, ele disse que os dissabores são comuns na vida política:
– Na vida pública, estamos sempre com um atrito aqui e uma insatisfação acolá. Eu procuro não me envolver muito nestas questões, apesar de saber que a atividade parlamentar e política requer disputa constante. Coloquei meu ponto de vista, discordei da forma como foi conduzido o processo, mas nada que me faça criar um problema maior do que o que já existe que é a falta de espaço do PT na chapa majoritária.
Indagado pelo apresentador Fernando Braz a respeito da confiança em torno de um espaço para o Partido dos Trabalhadores na chapa de Maranhão, Cartaxo não titubeou:
– O PT merece este espaço. Não coloco mais o meu nome. É prego batido e ponta virada. Não discuto isso mais em hipótese alguma. Se a direção estadual do partido continuar no ritmo que vai, não vai ter esse espaço na chapa majoritária. A direção do PT precisa acompanhar o ritmo dos fatos políticos e entender o momento que vivenciamos hoje. Se ficar esperando chegar em junho para uma definição, não temos hoje nenhum pré-candidato inscrito para vice-governador, se o PT não está acompanhando o passo a passo da política e nem apresentando nomes, vai deixando tudo em banho maria, dificilmente o PT chegará à majoritária. É preciso avançar no diálogo para composição da chapa. É uma cobrança da militância.
Apesar de sua visão crítica sobre as articulações da vice de Maranhão, Luciano Cartaxo disse que cabe exclusivamente à direção estadual decidir o que fazer. Mesmo assim, ele disse que a exclusão do PT na chapa não deve causar o rompimento da aliança com o PMDB:
– Não acredito nisso. Acredito que a aliança é no plano estadual e no plano nacional.
