A ex-secretária de Administração do Governo da Paraíba, Livânia Farias, emitiu uma declaração neste fim de semana para desautorizar a divulgação de declarações que teriam sido dadas por ela aos produtores do documentário “Justiça Contaminada – O Teatro Lavajatista da Operação Calvário na Paraíba”. O produto estreou nesta quarta-feira e tem como objetivo expor o “lawfare” praticado na Paraíba na investigação de desvio de recursos através da implantação de organizações sociais nos governos de Ricardo Coutinho (PSB). O documentário usou uma narradora para citar o que Livânia teria dito sobre a operação.
Entre as críticas, a ex-secretária teria dito que trechos de sua delação que envolveriam o governador João Azevêdo (PSB) teriam sido deixados de lado pelo Ministério Público e pela Justiça paraibana, que focaram em acusações contra o grupo do ex-governador Ricardo Coutinho. Ela também teria acusado João de ter sido o responsável por “negociar” a prisão da ex-secretária, mas não dá detalhes de como isso teria acontecido. A narradora, reproduzindo palavras que seriam de Livânia, ainda revela inconformação porque ainda responde até hoje aos processos da Calvário que não chegaram a ser julgados.
“O único processo que andou foi esse que tem eu, Daniel, Michele e Leandro, que é da caixa de vinhos. E ai é que eu quero saber: o que é que o Judiciário daqui vai fazer. Porque se aquilo ali não for eleitoral, nenhum mais é. E eu acho que nem deveria ter chegado a tanto.”, teria dito ela, em trecho reproduzido no documentário.
Recentemente, o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, atendendo a uma solicitação do desembargador Ricardo Vital de Almeida, julgou que os processos da Calvário devem ser apreciados pelo Tribunal de Justiça e não pela Justiça Eleitoral.
Confira abaixo o documentário completo: