Em um novo trecho de seu depoimento prestado ao Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba, a ex-secretária de Administação do Estado, Livânia Farias acusa o governador do Estado, João Azevedo (sem partido) de ter sido beneficiado com repasses feitos pela Cruz Vermelha. O teor foi publicado pelo Estadão e diz que João teria recebido R$ 120 mil mensais depois que deixou a secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos para concorrer ao Governo do Estado em 2018.
A ex-secretária acrescentou que os repasses seriam feitos pelo seu ex-assessor Leandro Nunes, o primeiro a ser preso, a Deusdete Queiroga, atual secretário de Infraestrutura do Estado da Paraíba, para que fossem entregues a João.
Livânia declarou ainda que tanto Ricardo Coutinho quanto Cássio Cunha Lima, José Maranhão e Luciano Cartaxo sabiam qual o papel que ela desempenhava nas campanhas um papel de lidar com “as propinas”.
Outro lado – O governador, por meio de sua assessoria, disse que as despesas da pré-campanha e da campanha se deram de forma lícita e transparente, de modo que se terceiros se valeram desse pretexto para a prática de ilícitos, eles é que terão que responder.
Ainda segundo a assessoria de João Azevedo, “em face das medidas de combate à corrupção e do afastamento de secretários envolvidos na Operação Calvário já se esperava que o governador poderia ser vítima de retaliação dos que foram afastados”.