Foram decretadas hoje pelo juiz Vinício Costa Vidor, da 4ª Vara da Justiça Federal em Campina Grande, as prisões preventivas de Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias Campos, proprietários da empresa Braiscompany. O casal está foragido desde a semana passada quando haviam sido expedidos mandados de prisão temporária no âmbito da Operação Halving. A Braiscompany é suspeita de criar uma pirâmide financeira com criptomoedas que movimentou R$ 1,5 bilhão.
A decisão do magistrado federal atende a um pedido do Ministério Público Federal (MPF). “Dessa forma, estando presentes os requisitos do art. 312, parágrafo único, c/c 313, I, do CPP, acolho a representação do MPF e decreto a prisão preventiva dos investigados Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias Campos”, disse Vidor.
Ontem, o advogado da Braiscompany, Orlando Penha, orientou empregados e prestadores de serviço da empresa a buscarem “assistência jurídica particular para orientação de forma individual” e cessarem “publicações nas redes sociais, assim como qualquer assinatura de contratos administrativos e afins, com o fito de cumprir fielmente a ordem judicial.”
Na carta, a advogado informou que a Justiça Federal “determinou a suspensão das atividades da empresa, tendo ficado expressamente proibida a celebração de novos contratos, ainda que por renovação”, além de ter efetuado o “bloqueio nas contas da empresa, dos acionistas e de alguns colaboradores, tanto nas exchanges quanto em contas correntes tradicionais.”
Ele lembrou ainda que, na ação cautelar movida pelo Ministério Público da Paraíba (MP-PB) também foi determinado o bloqueio nas contas da empresa e que o MP-PB ainda recomendou à exchange de criptomoedas Binance que bloqueie qualquer movimentação nas contas dos sócios-diretores.