Coordenador da campanha de Jair Bolsonaro (PSL) no Nordeste e eleito deputado federal pela Paraíba com quase 72 mil votos, Julian Lemos revelou nesta segunda-feira (8) a estratégia do presidenciável para melhorar seus votos no Nordeste, que garantiu a ida de Fernando Haddad (PT) para o segundo turno. Ele disse, inclusive, que Bolsonaro estará na Paraíba no segundo turno das eleições, em busca dos votos dos paraibanos.
Julian Lemos acusou o candidato do PT, Fernando Haddad, de mentir e aterrorizar as pessoas.
“Fernando Haddad mente. Ele utiliza o medo das pessoas, aterroriza as pessoas, utiliza-se de coisas que não procedem. A campanha do Haddad é uma campanha de mentira e isso assusta as pessoas, que muitas vezes são simples. Uma pessoa esclarecida hoje, quando vê Haddad falar, se sente até incomodado. Era como os programas do PSDB. Aquilo ali era um descaso, era uma falta de respeito com os brasileiros”, declarou Julian Lemos.
Segundo ele, a estratégia da militância de Bolsonaro é “amplificar” a verdade. “A estratégia vai ser amplificar a verdade e entrar de Nordeste adentro mostrando a verdade. Queremos combater a corrupção e outras coisas mais”, garantiu.
Braço direito de Bolsonaro na Paraíba, ele não poupou críticas a outros presidenciáveis, a exemplo de João Amoêdo (Novo) e Geraldo Alckmin (PSDB).
“Algumas pessoas amaram mais ao poder e aos seu orgulho do que o próprio país, a exemplo do Amoêdo. Poderia muito bem ter tido a ombridade de ver que não teria chance e apoiar o fortalecimento dessa mudança política no país. Outro, que foi o Alckmin, fortaleceu Haddad, talvez porque façam parte da mesma panela”, declarou.
Sobre sua vitória nas urnas, ele atribuiu ao fato de “falar a verdade”. “Quem me conhecia, quem acompanhou a minha campanha de perto, sabia que eu falava a verdade. Eu dizia que não tinha nada que um político tem, que é as vezes ser simpático, falar de forma doce. Não. Eu falava a verdade, eu falava sobre colapso moral, mas eu falava por acreditar, não era apenas discurso. Eu falava sobre a necessidade de se olhar para assuntos tão importantes como pedofilia, como essa criminalidade, com a convicção da impunidade e, sobretudo, eu aprendi, eu tenho nojo desse modelo político de mentir, de comprar votos. Então eu falava isso para o povo e o povo se conectava, e na realidade isso é o segredo. É o mesmo segredo do capitão Jair Bolsonaro. Ele vai lá, fala do jeito dele e o povo entende. Já do outro lado você vê mentira, ataques, fake news e joga lama no ventilador, simplesmente pelo amor ao poder e eu não. Eu nunca tive obsessão por ser deputado, simplesmente comecei a falar minhas verdades em redes sociais e as pessoas compreenderam isso”, afirmou.
Disse que não comprou nenhum voto. “Minha campanha foi feita por voluntários dos mais simples a empresários de dinheiro, mas que não me doaram nada, mas foram pra rua entregar santinhos, folders. Eu não recebi doação de ninguém, não quis”, garante.
Sobre suas propostas, afirmou que enquanto deputado pretende, primeiramente, ajudar Bolsonaro enquanto presidente para ter governabilidade. A segunda questão é tentar desmanchar “tanta coisa errada que foi feita nesse país”.
Disse que pretende agir muito em relação a área de segurança pública e privada. “Tenho um olhar muito atento à questão da educação de base. Acho que a educação de base da gente chega a beirar o lixo, porque é muito mal feita, não há prioridade. Acho que a criança deve ser tratada como se fosse uma pérola. Também tenho um olhar muito próximo na pauta ligada as crianças que são abusadas sexualmente. Fora isso, na área econômica, pretendo trabalhar para que seja desburocratizado tanta coisa para que as pessoas possam empreender. Sou um entusiasta da primeira empresa e não do primeiro emprego apenas”, afirma.