O juiz da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, José Guedes Cavalcanti Neto, aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra nove acusados de corrupção no âmbito da Operação Calvário. São, a partir de agora, réus, o advogado Bernardo Vidal; o ex-procurador geral do Estado, Gilberto Carneiro; a ex-secretária de Administração do Estado, Livânia Farias; a superintendente do IASS, Laura Farias; o ex-superintendente da Emlur e irmão do ex-governador Ricardo Coutinho, Coriolano Coutinho ; o ex-secretário Executivo de Segurança Pública, Raymundo José Araújo Silvany; ex-secretária de Finanças do Estado, Aracilba Alves da Rocha; além do secretário de Comunicação do Estado, Raimundo Nonato Costa Bandeira; e o ex-procurador geral de João Pessoa, José Vandalberto de Carvalho.
Na decisão do magistrado, ele entende que a acusação oferece indícios de autoria, “não havendo motivo que autorize sua rejeição”.
De acordo com a denúncia, Bernardo Vidal, dono de um escritório de advocacia em Pernambuco teria firmado um contrato com a prefeitura de João Pessoa entre os anos de 2009 e 2012 através da influência de Gilberto Carneiro para desviar dinheiro da gestão através de uma consultoria que supostamente iria recuperar créditos tributários para a prefeitura. Os honorários eram pagos de acordo com a quantia envolvida no processo de recuperação, independente de haver sucesso ou não na ação, que nunca prosperava. Bernardo, Gilberto e mais Livânia, Coriolano e Laura seriam beneficiários de um esquema de propina, enquanto Aracilba, Silvany, Nonato e Vandalberto teriam agido para ocultar ou destruir provas.
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