O governador licenciado e candidato à reeleição, José Maranhão, abriu espaço em sua agenda política no começo da tarde de hoje para um encontro com a diretoria da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan). Numa conversa descontraída, seguida de um almoço no prédio sede da Associação, no Centro da capital paraibana, Maranhão fez um breve relato de seu projeto de governo, elencando os avanços conseguidos em menos de dois anos e destacou pontos que ele acha importantes serem continuados caso seja eleito no dia 03 de outubro. “No meu governo, investimentos em infra-estrutura terão sempre prioridade, porque entendo que eles impulsionam todas as demais áreas a se desenvolverem e no que diz respeito aos pleitos dos produtores canavieiros, me comprometo a trabalhar junto com vocês e ajudar esse setor no que for viável”, argumentou Maranhão, que estava acompanhado do deputado federal e candidato ao senado Wilson Santiago, do candidato a deputado federal, Roberto Paulino, além de vários assessores. O secretário de Agricultura do Estado, Bruno Roberto, também participou do encontro.
Durante o evento, que foi aberto pelo presidente da Asplan, Raimundo Nonato, José Maranhão ouviu sugestões dos membros da diretoria e associados da Asplan sobre ações consideradas fundamentais para o fortalecimento da cultura canavieira que, segundo José Maranhão, é a única que ainda sobrevive em condições de competitividade, depois da extinção das culturas do Sisal e do Algodão. “Esta Casa é apartidária. Aqui somos produtores e vivemos de nossas plantações. Não temos bandeiras, nem partidos, defendemos as causas do homem canavieiro”, disse Nonato, lembrando que o encontro desta sexta-feira, teve o objetivo de ouvir as propostas do candidato e também apresentar as necessidades dos produtores paraibanos.
Nonato falou ainda das principais bandeiras defendidas pela Asplan, como o reconhecimento do plantio de cana como um importante viés da economia paraibana e não uma ameaça à agricultura familiar como entendem pessoas desinformadas. “Queremos esclarecer que o cultivo da cana é importante para a manutenção de empregos na zona rural e não substitui o plantio de outras culturas. Muitos associados mantêm outras plantações e criações, mas precisam plantar cana para abastecer as indústrias de cachaça, açúcar e as usinas locais”, esclareceu Nonato.
Concordando com a opinião do presidente da Asplan, José Maranhão não só reconheceu a importância da cultura canavieira, como relembrou ser ela a única do tripé "Cana, Sisal e Algodão" que ainda existe. “Perdemos o domínio de duas culturas muito importantes para a economia da Paraíba que eram o algodão e o sisal. Não podemos deixar de investir na cana-de-açúcar porque ela é fundamental para a economia do Estado. Me comprometo a ajudar este setor no que for necessário. Vamos trabalhar juntos e tudo o que for viável a gente vai ajudar. Contem comigo”, afirmou José Maranhão, afirmando ser favorável a manutenção do pagamento da subvenção para suprir estragos causados pela seca e ao subsídio para a agricultura.
Outra questão mencionada durante o encontro foi a situação da Destilaria Una, da Estação de Camaratuba, da revitalização da produção de cana no Brejo paraibano e da construção de estradas para melhor escoamento da produção. Segundo os representantes do setor, essas questões precisam de incentivos, de ajuda emergencial e de investimentos “Muitos produtores do brejo precisam se deslocar mais de 90 quilômetros para entregarem sua cana na usina, sem contar os que utilizam destilarias em Pernambuco. E a situação da Uma é muito delicada e caso ela venha a fechar, mais de 1000 funcionários ficariam desempregados, sem contar os inúmeros prejuízos para o setor na região”, afirmou Rômulo de Araújo Montenegro, um dos diretores da Asplan que também lembrou a importância do governo investir na Estação de Camaratuba onde, atualmente, há um engenho de produção de açúcar e rapadura com tecnologia de ponta, mas que está parado, sem produzir.
José Maranhão foi categórico ao dizer que a solução para os grandes problemas do campo está no investimento em tecnologias e especialização. “Para superar os diversos problemas do setor, como o alto custo de produção e as constantes avarias na produção devido ao clima e às pragas, devemos investir em tecnologia e pesquisa na área. Já chegamos a exportar profissionais para atuarem fora do país porque não tínhamos mercado para eles na Paraíba. Assumo o compromisso de aproveitar os profissionais especialistas na área para atuarem em pesquisas para melhorar as condições de produção da cana e de outras culturas”, voltou a afirmar José Maranhão que também se comprometeu em ajudar no que for possível na manutenção da Destilaria Una, na construção de vias de escoamento da produção e na própria Estação de Camaratuba. “Podem contar comigo”, reafirmou Maranhão.
Um encontro nos mesmos moldes, foi realizado no dia 09 de julho, com o também candidato ao governo do Estado, Ricardo Coutinho (PSB). “Os encontros foram muito proveitosos, podemos ouvir as propostas dos candidatos em relação ao setor e ainda conhecer um pouco de cada projeto político”, finalizou Nonato.