A indicação do deputado estadual Arthur Cunha Lima (PSDB) ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) terá a sanção do governador José Maranhão (PMDB). A informação foi dada pelo próprio chefe do executivo hoje de manhã na abertura da IV Conferência das Cidades, no Teatro Paulo Pontes, do Espaço Cultural. Por causa das intensas divergências políticas com o tucano, especulava-se que Maranhão poderia não sancionar a indicação dele ao TCE, deixando para a Assembleia a prerrogativa de promulgar a decisão.
Hoje, contudo, Maranhão afirmou que deverá sancionar a indicação no prazo de 15 dias, previsto pelo regimento da Assembleia:
– É atribuição da Assembleia. Ela indica quem quiser. Eu não vou fazer juízo de valor sobre isso. O fato é consumado. Meu dever é sancionar. Eu primo pela relação civilizada entre os poderes. Eu não posso fazer avaliação de quem votou, de quem não votou. Isso é um fato consumado e insusceptível de uma apreciação factual.
Ele evitou comentar a dissidência registrada na bancada do Governo e que rendeu ontem à tarde ao candidato governista ao TCE, Trocolli Júnior, apenas 14 votos de um bloco de 16. Para o governador, o resultado da votação ficou aquém do esperado, mas ele disse que não vai conversar com os desobedientes.
Segundo ele, a decisão de indicar um deputado ao cargo de conselheiro cabe à Assembleia. Maranhão completou que a votação secreta impede a identificação dos dissidentes e, mesmo que conhecesse os discordantes, não teria como reverter o resultado.