O presidente estadual do PT, Jackson Macêdo, surpreendeu hoje durante a entrevista coletiva na qual anunciou a composição da nova comissão provisória do partido em João Pessoa ao dizer que o presidente Jair Bolsonaro tem “apelo popular”, “pegada popular”. “Dessa vez tem um diferencial. Bolsonaro é um atraso para o Brasil. O que ele representa não significa nada para o nosso país, mas, infelizmente, ele tem gente na rua defendendo o que ele acha que é correto. E esse debate vai ter que ser feito na rua”, disse. E isso, frisou, deve acontecer de forma democrática, mas ressaltou que Bolsonaro, como ele mesmo já tem dito, talvez não aceite o resultado das urnas.
O dirigente falou sobre a pretensão de uma frente ampla de apoio à candidatura de Lula na Paraíba: “Todo mundo que quser apoiar Lula será muito bem vindo. Mas, isso não quer dizer que vai se construir agora uma chapa para 2022. O PT vai discutir isso no momento certo. Uma coisa precisa ser dita: João Azevêdo tem priorizado a composição da chapa dele com partidos que são adversários do PT: Democratas e PP estão em campos diferentes do nosso”.
“Ricardo será candidato a senador. Isso está definido com a direção nacional e estadual e deve se filiar nos próximos dias a depender da agenda do presidente Lula. É um grande companheiro e vem para somar”, disse Jackson, acrescentando que a missão da nova comissão provisória do PT, presidida por Antônio Barbosa, é reorganizar o partido e preparar a militância para as eleições do próximo ano.
Ele ressaltou que o partido passou por um processo muito difícil depois das eleições 2020 e que em 2022 terá um grande desafio, que é derrotar Bolsonaro.
“Essa comissão tem que reorganizar o partido, preparar a nossa base partidária na capital, nossa militância politicamente, para as eleições do próximo ano. Eles têm muita coisa para fazer. No ano que vem nós temos um desafio a enfrentar, que é derrotar Bolsonaro e ganhar as eleições”, declarou.