Os dados da Pesquisa Industrial Anual (PIA) divulgados pelo IBGE mostram que o setor industrial da Paraíba pagava menos que a metade do salário oferecido pela média do segmento nacional. Um trabalhador da indústria paraibana recebia em média, R$ 637 em 2007, enquanto que esse valor era de R$ 504,4 em 2003.
A média salarial da atividade industrial na Paraíba aumentou em termos nominais de R$ 504,4 em 2003 para R$ 637,0 em 2007. Esta média, em termos de números de salários mínimos, assinalou decréscimo de 2,4 para 1,7. Tal recuo deve-se ao aumento real do salário mínimo, cuja média cresceu de R$ 230,77, em 2003, para R$ 373,08 em 2007, assinalando aumento nominal de 61,7%, enquanto a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, foi de 20,8%, o que representou um ganho real de 33,8%. Em 2007, o salário médio mensal da indústria paraibana representava 45,0% do salário médio da indústria nacional e 68,8% da indústria nordestina, enquanto que, em 2003, esses percentuais eram de 46,9% e 74,3%, respectivamente.
O segmento de extração de minerais metálicos foi o que apresentou, em 2007, o maior salário médio mensal da indústria paraibana, com média de 5,9 salários mínimos. Máquinas para escritório e equipamentos de informática foi o responsável pela segunda melhor média salarial, 2,9 salários mínimos. A indústria extrativa mineral apresentou média salarial de 2,7 salários mínimos médios.
A Paraíba apresenta uma perda de participação no valor da transformação industrial do Nordeste, ao passar 4,7% em 2003 para 3,4% em 2007. Com relação a participação da indústria paraibana no cenário nacional, houve uma pequena mudança, de 0,4% em 2003 para 0,3% em 2007. Mesmo considerando valores nominais, percebe-se que o valor da transformação industrial gerado na Paraíba evoluiu de 2003 até 2006. Na passagem deste último ano para 2007, registrou-se queda de 3,4% (de R$ 2.014.417 mil para R$ 1.945.188).
Em 2007, uma pessoa ocupada no setor industrial paraibano gerava um valor médio adicionado de R$ 30,0 mil/ano, enquanto a média da indústria nordestina era de R$ 62,9 mil/ano e a brasileira de R$ 84,5 mil/ano. Neste mesmo ano, a produtividade da mão-de-obra da indústria paraibana representava 47,7% da produtividade do setor industrial nordestino e 35,5% da brasileira. Já em 2003, a produtividade da indústria paraibana alcançou resultados mais expressivos na Região Nordeste (68,9%) e no Brasil (52,7%).
O segmento que apresentou a maior produtividade na indústria paraibana foi extração de minerais metálicos, seguido por produtos de fumo. Nestes setores, cada pessoa ocupada gerou um valor adicionado médio de R$ 127,4 mil/ano e R$ 102,1 mil/ano, respectivamente. Em 2007, a indústria extrativa mineral registrou um valor adicionado médio por pessoa ocupada de R$ 64,9 mil/ano, enquanto a indústria de transformação de R$ 29,0 mil/ano.
Pode-se dizer que ao longo da série de 2003 a 2007, a indústria na Paraíba tem apresentado uma perda significativa de produtividade em relação à Região Nordeste e ao Brasil. Em outras palavras, a indústria local está menos eficiente frente a totalidade da indústria da sua região e do seu país.