As autoridades indonésias emitiram esta sexta-feira o alerta máximo para a aviação, na sequência da erupção do vulcão Merapi, na ilha de Java, que lançou uma coluna de cinza a seis quilómetros de altura.
O centro de vulcanologia e mitigação de perigos geológicos indonésio emitiu uma advertência dez minutos depois da erupção, que durou dois minutos e foi acompanhada por pequenos abalos. A erupção queimou zonas de bosque próximas da cratera.
O alerta de erupção continua, no entanto, no nível dois, numa escala em que o máximo é quatro.
Até ao momento, a nuvem de cinza, que se espalhou para norte, leste e sul do Merapi, não afetou as operações do aeroporto internacional Adisutjipto da cidade de Yogyakarta, situado cerca de 30 quilómetros a sul do vulcão.
Em comunicado, o porta-voz da agência de gestão de desastres indonésia, Sutopo Purwo Nugroho, indicou que três zonas de bosque ficaram queimadas pela erupção, a 1,5 quilómetros da cratera.
Os peritos da agência indonésia mantiveram a zona de segurança num raio de três quilómetros em redor da cratera e garantiram que a subida do magma “levará algum tempo”, já que se encontra três mil metros abaixo da superfície do vulcão, disse Sutopo.
As erupções do vulcão javanês começaram a 11 de maio, depois de um período de inatividade de quatro anos, e já obrigaram à retirada temporária de mais de 500 residentes.
O Merapi, com 2968 metros de altura, encontra-se no limite entre a região especial de Yogyakarta e a província de Java Central e é o vulcão mais ativo do país asiático.
Em 2010, a última grande erupção do Merapi causou 347 mortos e obrigou a retirar cerca de 400 mil pessoas, incluindo três mil famílias que tiveram de ser realojadas.
O arquipélago indonésio assenta no denominado “anel de fogo” do Pacífico, zona de grande atividade sísmica e vulcânica, que regista milhares de sismos por ano, na maioria dos casos de fraca magnitude, e onde estão ativos 127 vulcões.