Um homem morreu no Hospital de Trauma de Campina Grande onde estava sendo atendido por conta de queimaduras sofridas após acidente em uma fogueira junina. José Avelino Henrique, de 49 anos, faleceu às 18h50 dessa segunda-feira (24). O acidente foi registrado na cidade de Matinha.
O Hospital de Trauma também atendeu uma criança de três anos vítima de queimaduras nos pés também provocadas por uma fogueira.
Atendimentos
O Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, atendeu 834 pessoas, no feriado prolongado de Corpus Christi e São João. Somando o total de atendimentos registrados na unidade de saúde, entre a quinta-feira (20) até as primeiras horas desta terça-feira (25).
Do total geral das ocorrências, 266 foram consideradas graves e/ou gravíssimas, contabilizando 32 cirurgias de urgência e emergência. No ano de 2018, mesmo não sendo feriado prolongado, os números de atendimentos foram mais altos, com 892 casos. Sendo 38 queimaduras e 14 por fogos de artifício.
Em relação às queimaduras, foram registradas 27 ocorrências, sendo quatro por fogos de artifício. No mesmo período do ano passado, foram 38 casos e 14 por fogos. Entre os casos de repercussão estão quedas (175) e acidentes de moto (118), seguidos por corpo estranho (85), AVC (48), Trauma (41), Agressão física (19), arma branca (nove) e arma de fogo (sete). Os demais atendimentos foram de casos clínicos.
Segundo o setor de estatística da instituição, do dia 1º ao dia 24 de junho já foram registrados 88 casos de queimaduras. No ano de 2018, foram 94. Durante o período junino, funciona no Hospital de Trauma, referência em casos de queimaduras na Paraíba, o disque-queimados. Através do número 3216-5700, a população pode receber informações sobre as medidas até chegar a unidade hospitalar. E durante as festas tradicionais, a instituição estará com uma equipe multidisciplinar reforçada para atender todos os casos.
Em média, 500 pessoas são internadas por ano no Brasil em função do manuseio inadequado dos fogos de artifício, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM). Entre 2008 e 2016, foram registradas 4,5 mil internações no país por esse motivo. O mês de junho é aquele no qual acontecem mais casos. Um terço das internações por manuseio errado de fogos de artifício no Brasil é contabilizado entre os meses de maio a julho, o que coincide com o período junino.