Mesmo ressaltando sua amizade sólida com o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino, o deputado estadual Hervázio Bezerra confirmou hoje não ser favorável à reeleição do parlamentar para os próximos dois biênios à frente do legislativo estadual: “Não tenho nada contra Adriano. Ao contrário, ele é um grande amigo, mas eu sou contra a perpetuação do poder. O projeto de Adriano é para mais quatro anos e eu não sou favorável a isso”, explicou.
Hervázio comentou ainda que entende ser inconstitucional uma das mudanças aprovadas no Projeto de Resolução (PR) 474/2022, que determina a votação aberta para eleição da Mesa Diretora da Casa Epitácio Pessoa. “Não há legitimade de registrar uma chapa 10 dias antes da posse dos deputados porque ainda não teremos tomado posse. Estaremos apenas diplomados. Isso é claramente contra a Constituição e pode ser alvo de questionamento jurídico antes ou mesmo depois do pleito”, disse.
Apesar de seu entendimento, Hervázio garantiu que não pretende questionar a eleição na Justiça e nem tem orientado ninguém para agir desta maneira. “Essa é a forma que eu entendo, mas não sou favorável à judicialização, embora acredite que há margem para isso”.
PSB – Na avaliação feita hoje, Hervázio também criticou a postura de seu partido tanto nas eleições de outubro quanto em relação à escolha dos componentes da Mesa Diretora da ALPB.
“Faltou reunir o PSB e marcar posição sobre a eleição da Mesa Diretora. Os Republicanos fizeram isso a partir do presidente Hugo Motta, mas eu fiquei no PSB como voz isolada. O atual modelo político faz os deputados se digladiarem dentro do partido. Nós anunciamos 23 candidatos para a Assembleia Legislativa. Se tivéssemos 36, poderíamos ter conseguido a eleição de mais um deputado, mas não atingimos nem o mínimo que poderíamos lançar. Faltou articulação para lançar uma chapa competitiva para ter uma bancada mais forte. Quem aparecia, a gente pegava. Não é à toa que tivemos candidato com 68 votos”, disse Hervázio.
