A sexta-feira, 14, foi tensa em Campina Grande por causa da mobilização da Greve Geral. No início da tarde, um carro de som foi colocado em frente à loja da Rutra para forçar o fechamento do estabelecimento. O proprietário, Arthur Bolinha, disse que houve vandalismo e ameça de saque. Um vídeo gravado do lado de fora mostra o momento em que um dos líderes do protesto diz que se a loja não fechar, os manifestantes vão entrar para pegar camisas. Ele, inclusive, chega a brincar e dizer que quer uma quadriculada para o São João.
Por causa da manifestação, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Campina Grande emitiu uma nota:
CDL – NOTA
Sobre as manifestações
A Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL Campina Grande vem a público externar seu repúdio a ação criminosa orquestrada por sindicalistas e grupos políticos de esquerda, que no início da tarde desta sexta-feira (14), provocou uma série de transtornos ao comércio da cidade e promoveu o incentivo a violência e a depredação do patrimônio privado.
Lamentamos a postura irresponsável desses grupos partidários que usam sindicatos e trabalhadores inocentes como escudos para impor ideologias ultrapassadas e com fraca adesão popular.
Esclarecemos aos nossos associados e ao público em geral que a CDL solicitou por meio de ofício, ao comando da Polícia Militar da Paraíba, o reforço da segurança na área do Centro da cidade. Mesmo assim, no momento em que lojas eram depredadas e lojistas ameaçados não foi possível localizar nenhum policial fazendo o trabalho de monitoramento da área ocupada. Sendo assim, repudiamos a omissão do comando da Polícia Militar por não garantir a segurança da população e permitindo que prejuízos fossem causados aos lojistas e trabalhadores no pleno exercício de suas atividades.
A CDL reconhece o direito constitucional da promoção de manifestações, porém defende que o cidadão comum deve ser livre para decidir se deve ou não aderir a estes movimentos. É de nos causar indignação as imagens de trabalhadores comuns sendo impedidos de adentrarem aos seus recintos de trabalho e de comerciantes obrigados a fechar as portas das suas lojas temendo as claras ameaças de invasões.
A Diretoria
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