O governador Ricardo Coutinho (PSB) vai se reunir hoje à tarde, por volta das 15 horas, com representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM) para tratar sobre o impasse gerado pela paralisação dos médicos concursados do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena. É que na última sexta-feira, 3, 10 profissionais do Rio de Janeiro começaram a atuar na unidade para atenuar as falhas do atendimento causadas pela mobilização dos médicos paraibanos. Naquela ocasião, o presidente do Sindicato dos Médicos, Tarcísio Campos, teria ido ao local para informar que os fluminenses não poderiam trabalhar na Paraíba.
A procuradora geral do Estado, Livânia Farias, confirmou hoje ao Parlamentopb, que uma ação foi impetrada na 2ª Vara Federal solicitando o registro provisórios dos médicos do Rio de Janeiro junto ao Conselho Regional de Medicina da Paraíba. A entidade, contudo, se opõe à concessão e teria acionado o CFM para solucionar a crise com o Governo do Estado.
– Nós sabemos que os médicos tiveram receio de assinar o contrato com o Governo porque foram ameaçados de processo no Conselho de Ética do CRM. Para que a população não fique desassistida, resolvemos impetrar uma ação pedindo o registro provisório de médicos que queiram trabalhar na Paraíba. Aguardamos a designação de um juiz substituto para a vara onde está o processo, mas acreditamos que até amanhã seja julgado o nosso pedido – explicou a procuradora geral do Estado, Livânia Farias.
Os médicos do Rio de Janeiro teriam atendido na última sexta-feira no Hospital de Trauma, onde os prestadores de serviço já voltaram ao trabalho, mas os concursados pedem melhorias salariais. O Estado alega que os encargos tornam a negociação mais complicada do que a mantida com os prestadores de serviço.