Sem motivo aparente, a secretária de Desenvolvimento Humano do Governo do Estado, Giucélia Figueiredo, foi vaiada ontem à noite quando se realizava na praia do Cabo Branco, a VIII Parada pela Cidadania LGBT. Outras personalidades políticas que participaram do evento, como o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho e a vereadora Sandra Marrocos, foram aplaudidos.
A Secretaria de Desenvolvimento Humano foi uma das entidades que apoiou o evento, assim como a Prefeitura de João Pessoa.
Contraponto – A secretária estadual de Desenvolvimento Humano do Governo da Paraíba Giucélia Figueiredo entrou em contato com a reportagem do Parlamentopb para negar que tenha sido vaiada. Ela disse que foi "muito bem recebida" durante o evento: "Fiquei até emocionada pela receptividade das pessoas. Muitas nos parabenizaram pelo trabalho que temos desempenhado na Secretaria. Não houve vaia alguma. Fiquei estarrecida quando li isso", declarou.
Entre as ações que mereceram o registro dos representantes do movimento LGBT, a secretária citou a edição de uma portaria prevendo a aceitação do nome social – identidade adotada diferente do registro de nascimento – nos serviços de atendimento das unidades da Secretaria do Estado do Desenvolvimento Humano (SEDH).
Nota da editoria – A informação sobre a vaia foi repassada ao site por duas pessoas que participaram da Parada e não são ligadas a setores políticos. Ambas disseram que houve uma vaia, embora não generalizada, entoada por um grupo de pessoas posicionado atrás do primeiro trio elétrico. Segundo ambas as fontes, como o som do microfone e das músicas era alto, é possível que a secretária não a tenha escutado.
Polêmica – Em meio à polêmica da discussão do PL 122, que torna crime a discriminação contra os homossexuais, e à consequente reação dos evangélicos à proposta, um fato chamou a atenção durante a VIII Parada Gay de João Pessoa. No palco montado na areia da praia, cujo repertório variava entre sucessos da música pop, axé e rock, foi executada a canção "Faz um milagre em mim", do cantor e compositor mineiro Régis Danese, uma espécie de hit religioso que tomou conta do Brasil desde o ano passado.