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Giucélia Figueiredo destaca Dia Internacional da Mulher na Engenharia

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Fortalecer cada vez mais a presença da mulher na Engenharia e enfatizar a força que elas têm nos diversos segmentos da área tecnológica, bem como celebrar as conquistas alcançadas. Esses são alguns dos objetivos da data emblemática comemorada neste dia 23 de junho, o “Dia Internacional da Mulher na Engenharia”. De origem no Reino Unido, mais especificamente na Women’s Engineering Society (WES) – Associação das Mulheres Engenheiras -, a data ganha mais força a cada ano no país, com as diversas instituições ligadas à Engenharia brasileira realizando ações alusivas às mulheres da profissão. Uma representante da Paraíba, a engenheira agrônoma Giucélia Figueiredo, conseguiu se destacar na profissão e ressaltou a importância da data.

Giucélia é uma das grandes representantes da Engenharia nacional, ao lado de tantas outras que galgam seu espaço dia após dia. A paraibana é diretora administrativa da Mútua e foi recentemente reeleita para mais um triênio na Diretoria Executiva. Ela lembra que as datas comemorativas significam, acima de tudo, o resgate das lutas. “Nesses momentos refletimos sobre os movimentos históricos de mulheres, independentemente das profissões, e que determinaram conquistas, como o direito ao voto, a Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio e a luta pela igualdade salarial, entre outras conquistas e lutas”, ressalta.

Segundo dados estatísticos do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), o número de profissionais registrados em todo Brasil é de 1.004.744 e, desse total, 191.093 são mulheres. Ou seja, pouco mais de 19% dos registros profissionais nos 27 Conselhos Regionais são de mulheres. O número ainda não é equilibrado, mas avanços foram alcançados desde a primeira mulher engenheira brasileira, Edwiges Homm’eil, formada em 1917.

A seguir, a diretora da Mútua,  Giucélia Figueiredo, fala sobre a força da mulher na Engenharia, a ampliação da participação das mulheres no Sistema Confea/Crea e Mútua, entre outros temas.

Quem é a mulher engenheira brasileira?

Giucelia Figueiredo – “É a mulher que trabalha, que lida com as atividades domésticas, participa de atividades políticas profissionais, luta diariamente contra o machismo que ainda impera nos espaços de trabalho e na sociedade e sonha por dias melhores. A mulher engenheira lida com um universo profissional predominantemente masculino, onde imperam diversas formas de discriminação contra a mulher”

Hoje, a Mútua conta com você como diretora executiva e 13 diretoras regionais. Aos poucos as profissionais, além da atuação no mercado de trabalho, também têm ampliado a presença no Sistema, na luta classista em geral?

Giucelia Figueiredo – “É fato o aumento da presença da mulher engenheira nos diversos espaços de organização das nossas profissões, sindicatos, associações, conselhos e, também, na estrutura organizacional da Mútua, ou seja, no nosso sistema profissional. Cada vez mais as engenheiras estão se conscientizando da importância da sua participação nos espaços de organização e decisão de nossas profissões. Isso é muito bom, pois, ao mesmo tempo em que avançamos no mercado de trabalho, avançamos nos espaços políticos do nosso Sistema, eis um bom debate!”

Qual o sentimento de ter sido a primeira mulher a concorrer à Presidência da Mútua?

Giucelia Figueiredo – “Nossa candidatura à Presidência da Mutua, como a primeira mulher a concorrer ao cargo, representou a reafirmação do protagonismo da mulher no nosso sistema profissional, conquistado com muita participação, enfrentamentos e bons debates sobre a importância da participação da mulher engenheira nos espaços de poder. Somos protagonistas e não meras coadjuvantes! Nossa candidatura foi recebida com muita empatia, acolhimento, representando um movimento legitimo de engenheiras e engenheiros que defendem um sistema cada vez mais igualitário e democrático. Expresso minha gratidão a todas e todos que me acolheram, compreendendo minha caminhada que é fruto de um trabalho coletivo. Faço um recorte especial ao Colégio de Presidentes, que tive a honra em participar como a primeira mulher a presidir o Crea da Paraíba, tendo como objetivo estratégico contribuir para que nosso sistema profissional Confea/Crea e Mútua, seja realmente um sistema atuante, presente e que dialogue com os anseios dos profissionais e que esteja linkado com os grandes debates, com defesa da Engenharia nacional e com equidade de gênero, entre outros.”

O que a diretora executiva da Mútua tem a falar para todas as engenheiras do país?

Giucelia Figueiredo – Tenho muito orgulho em fazer parte dessa caminhada de construção, em defesa do protagonismo das mulheres no nosso sistema profissional e na sociedade. As nossas ações têm que estar linkadas com o cotidiano, o mundo real das mulheres na Engenharia e na sociedade, precisamos definitivamente furar a bolha das nossas corporações. As grandes lutas e conquistas foram fruto dos movimentos de mulheres independentemente de profissão. Espero, sonho e luto para que, cada vez mais, as mulheres engenheiras se incorporem, participem e ocupem mais e mais espaços.”

Quem é Giucelia Figueiredo

Foi a primeira mulher a presidir o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado da Paraíba (Crea-PB), cargo que ocupou por dois mandatos consecutivos – 2012 a 2017. Também foi a primeira mulher eleita para a Diretoria da Caixa de Assistência, em 2018. Formou-se engenheira agrônoma em 1982, pelo Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e tem duas especializações, uma em Técnicas de Análise Organizacional, pela Fundação Getúlio Vargas (1984), e outra em Engenharia de Irrigação, também pela UFPB (1986). Ainda é pós-graduada em Engenharia de Irrigação, pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 1987.

Como engenheira tem vasta experiência em órgãos públicos: engenheira agrônoma da Secretaria do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (SEDAP-PB), desde 1982; delegada federal do Ministério da Agricultura na Paraíba (MAPA), de 2003 a 2005; coordenadora nacional das Superintendências do MAPA, de 2005 a 2006; delegada federal de Agricultura, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA-PB), de 2011 a 2014; e ainda compôs a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano da Paraíba (2009 a 2010) e a Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres de João Pessoa (PMJP), em 2015.

Ainda ocupou o cargo de presidente do Conselho Deliberativo da Companhia Estadual de Habitação Popular da Paraíba (2009-2011) e foi membro do Instituto do Patrimônio Histórico da Paraíba , de 2014 a 2016.

Live da FENEMI – Dia Internacional da Mulher na Engenharia

No dia 23, a Federação Nacional de Engenharia Mecânica e Industrial (FENEMI) realiza live especial em comemoração ao Dia Internacional da Mulher na Engenharia. Vai ser no canal da Federação no YouTube e no site www.fenemi.org.br/live, às 19h. Várias profissionais participarão falando sobre suas experiências e vivências na Engenharia, entre elas, a diretora da Mútua, Giucelia Figueiredo.

 

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