O colunista social Gerardo Rabelo compartilhou com seus seguidores do Instagram um texto no qual presta solidariedade ao empresário Roberto Santigo, preso na última sexta-feira, 22, na terceira fase da Opração Xeque Mate, que apura irregularidades na prefeitura de Cabedelo a partir da compra do mandato do ex-prefeito Luceninha pelo sucessor e também preso Leto Viana. Em seu relato, Gerardo lembrou os feitos de Santiago como empresário e se declara admirador do dono dos shoppings Manaíra e Mangabeira:
“Nesse momento em que refletimos tudo que sua prisão pode representar, espero que haja absoluta serenidade no julgamento dos atos desse homem que construiu uma brilhante trajetória empresarial, que pode ter errado – e quem não erra? – mas não pode ser injustiçado e nem julgado antes da hora”, escreveu ele.
A publicação foi comentada pelo empresário Ronaldo Cunha Lima Filho que fez suas as palavras de Gerardo.
No Correio da Paraíba, o também colunista Abelardo Jurema publicou um texto extenso também em defesa de Santiago. Em “Coração Valente”, ele diz estranhar o motivo do encarceramento do amigo ao mesmo tempo em que admite não conhecer os autos do processo.
A coluna de Abelardo Jurema foi compartilhada no perfil dele no Instagram e de lá surgiu um capítulo também curioso a respeito da prisão de Santiago. O comentário irônico do humorista Marcelo Piancó, apontando contradições na postura do colunista.
Xeque-Mate III – A terceira fase da operação Xeque-Mate deve resultar na quinta denúncia do Ministério Público da Paraíba (MPPB) contra uma organização criminosa que atuou no município de Cabedelo, a partir de 2013, com a compra do mandato do então prefeito da cidade. Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, o de Roberto Santiago, em cidades da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
O cerne da terceira fase da operação foi o “núcleo financeiro” da organização criminosa investigada, que era integrado pelo empresário Roberto Santiago que já foi alvo de duas outras denúncias oferecidas pelo MPPB, referentes à compra de mandato e formação da Orcrim.
Na mais recente fase da Xeque-Mate investiga-se o direcionamento e fraude no processo licitatório que resultou no contrato da empresa responsável pela limpeza urbana no município (Light), em 2014, e de atos de corrupção. O contrato da empresa continua em vigor, mas os fatos investigados são referentes à gestão de Leto Viana, que assumiu a Prefeitura com a renúncia do prefeito anterior. O alvo é o núcleo financeiro, mas, segundo os promotores, isso não implica dizer que agentes públicos envolvidos não figurem na denúncia. “Quem dá algo, quer algo em troca, seja de que forma for. Pilares de impessoalidade e moralidade inexistiram nesse processo, com indícios de direcionamento e, por conseguinte, fraude à licitação”, afirmou Rafael. Os contratos investigados superam a quantia de R$ 42 milhões.