A presidente da Associação dos Travestis da Paraíba, Fernanda Benvenucci, revelou hoje a insatisfação do movimento LGBT com a denominação dada pelo governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), à Secretaria de Mulheres e Diversidade Humana. Ao Parlamentopb, Fernanda explicou que não há resistência à Pasta, mas à denominação e seus objetivos. Ainda de acordo com ela, foi aberto um diálogo para sanar as dúvidas dos movimentos ligados às causas dos homossexuais:
– Queremos discutir o formato dessa secretaria. Tivemos uma gerência na Prefeitura que não supriu a demanda. Estamos conversando com pessoas do Governo para saber que diversidade é essa. Diversidade inclui tudo sexualmente e socialmente… é muito amplo. Queremos saber se não poderia ser uma secretaria para Mulheres, LGBT e negros, por exemplo. Nós queremos que essa política apareça e não fique escondida. Já sabemos que haverão coordenadorias dentro da secretaria e queremos discutir disso. Nós agradecemos o esforço do governador em agregar a diversidade na Secretaria das Mulheres, mas para nós o ideal seria a criação da Secretaria de Direitos Humanos, mas como não foi possível neste momento, o governo está sendo montado e aceitamos, dialogando, saber que posição os LGBT vai ter nessa Pasta.
Apesar do questionamento feito a respeito do nome e da estrutura da Secretaria de Mulheres e Diversidade Humana, Fernanda disse que as gestoras, Iraê Lucena e Gilberta Soares, têm o respaldo da militância homossexual:
– Ficamos contentes. Os nomes são bons e foram aceitos. Há um questionamento porque os movimentos não foram ouvidos, mas não temos objeção alguma aos nomes. Iraê é uma parlamentar que sempre esteve envolvida com as questões das mulheres e Gilberta entende muito bem das temáticas LGBT. Vamos trabalhar juntos e ajudar o governo a ser socialmente democrático. Acredito que os nomes são bons e fortes.