Mesmo ressaltando que tem muito respeito pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (PSB), considerou que o dirigente nacional cometeu “um erro absurdo” ao dissolver o diretório estadual do partido na última sexta-feira, 16. O chefe do legislativo estadual também comentou a declaração de Siqueira ao ParlamentoPB e disse não ver sentido no diálogo que ele quer ter com as duas alas socialistas paraibanas.
“Siqueira cometeu um erro absurdo porque anunciou uma intervenção no partido na Paraíba sem antes conversar com as partes envolvidas. Ele deveria ter, antes, dialogado com os que eram favoráveis e os que eram contra. Ele deveria ter buscado o consenso e só a partir daí deveria ter anunciado a intervenção e a comissão provisória. Ele fez o contrário e agora quer dialogar. Eu não sei nem se tem ambiente para isso, sinceramente. Essa crise no PSB tem, com toda certeza, consequências imprevisíveis. Isso é muito ruim para o nosso partido, que vem administrando a Paraíba com tanto êxito e competência. Temos um projeto aprovado pelo povo paraibano e, de repente, acontece um fato desse que pode implodir não só o partido, mas o nosso projeto político. E devo dizer que um dos culpados é o nosso presidente nacional porque deveria ter buscado o diálogo antes de promover a intervenção”, disse o presidente da Assembleia ao ParlamentoPB.
Para Galdino, a ala socialista que queria a intervenção já foi contemplada enquanto que o grupo preterido não teria mais o que conversar com o dirigente nacional. “Os que são contra vão dizer: para que diálogo se ele já tomou a decisão?”, indagou.
A crise no PSB da Paraíba começou a tomar corpo quando o presidente estadual da sigla, Edvaldo Rosas, foi nomeado para a secretaria de Governo. As deputadas Estela Bezerra e Cida Ramos defenderam que ele deixasse o cargo no partido, mas Rosas se manteve no comando e distribuiu uma nota com a imprensa dizendo não haver motivo para mudar a presidência do PSB paraibano. Depois disso, começou a circular informações dando conta de uma renúncia coletiva do diretório estadual, cuja maioria era ligada ao ex-governador Ricardo Coutinho, o que aconteceu na sexta-feira.