O gabinete do vereador Renan Maracajá está funcionando normalmente na Câmara Municipal de Campina Grande. O parlamentar foi preso nesta quinta-feira (22) pela Polícia Federal durante a segunda fase da Operação Famintos, com o objetivo combater fraudes em licitações, superfaturamento de contratos administrativos, corrupção e organização criminosa.
Um dos assessores do gabinete de Renan, Fred Ozanan, disse ao ParlamentoPB que só ficou sabendo da prisão do vereador ao chegar à Câmara. Ele disse que são três servidores no Gabinete trabalhando diretamente com o parlamentar e que todos ficaram sabendo da prisão de Renan ao chegarem na Câmara. “A gente não estava sabendo de nada”, disse.
Fred disse que em conversa que teve com o parlamentar, anteriormente, Renan Maracajá deixou claro que não tinha envolvimento com a questão.
“Ele pediu pra gente tocar o mandato, o que a gente está fazendo”, disse Fred, que é funcionário efetivo da Câmara e está à disposição do gabinete de Renan Maracajá.
A primeira fase da Operação FAMINTOS foi deflagrada no dia 24/7/2019, tendo contado com a participação de 260 (duzentos e sessenta) Policiais Federais e 16 (dezesseis) Auditores da CGU, Na ocasião, foram cumpridos 67 (sessenta e sete) mandados de busca e apreensão em órgãos públicos e nas residências, escritórios e empresas dos investigados, bem como de 17 (dezessete) mandados de prisão.
Nesta segunda etapa, a Operação FAMINTOS visa ampliar a desarticulação do núcleo empresarial da organização criminosa, responsável pela criação de “empresas de fachada”, utilizando-se de pessoas que tinham consciência de suas situações na condição de “laranjas”.
As empresas, então constituídas em nome de pessoas que não eram as reais proprietárias e administradoras, eram utilizadas pelos criminosos para fraudar as licitações, conferindo um falso caráter competitivo aos processos licitatórios.