Cherre Sade Bezerra da Silva é Doutor em Entomologia pela Universidade de São Paulo (ESALQ/USP) e servidor da Embrapa Algodão de Campina Grande. Ontem, dia do aniversário dele, além das habituais felicitações pela data, o rapaz decidiu compartilhar uma grande angústia. A prática de homofobia em seu ambiente de trabalho. O áudio de um outro servidor, Ernani Negreiros, chegou ao conhecimento de Cherre e nele o “colega” o chama de “praga” e “viado”.
“Além do áudio, recentemente recebi um vídeo de um dos agressores oferecendo 300 reais num roda de ‘machos’ para aquele que viesse me estuprar. Um deles sugere que isso seja feito por aquele que tem o maior 🍆!”, conta Cherre. Ele cobrou providências da Chefia da Embrapa Algodão, mas, o supervisor do agressor teria feito pouco caso do que aconteceu: “Ele deu risada da agressão, o chefe acima dele alegou não saber o que fazer, e a Chefe Geral (acima de todos os chefes) disse que nada iria fazer pois os agressores ‘tratam-se de dois pais de família que não podem correr o risco de perder o emprego'”.
Além da Embrapa, Cherre conta que já procurou a Polícia Civil e registrou dois boletins de ocorrência por causa da violência sofrida no ambiente de trabalho.
Quando recebeu ontem um cartão de parabéns da empresa, ele decidiu responder relatando suas dificuldades em continuar convivendo no local de trabalho diante da hostilização que recebe cotidianamente.
Confira a post de Cherre Sade: