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FBI faz busca na casa de Donald Trump, em escalada contra ex-presidente dos EUA

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Em uma escalada sem precedentes na história recente dos EUA contra um ex-presidente, agentes do FBI, a polícia federal americana, fizeram uma operação de busca na casa do ex-presidente Donald Trump na Flórida nesta segunda-feira (8), segundo o próprio republicano.

A casa no resort de Mar-a-Lago, em Palm Beach, no sul do país, “está atualmente sitiada, invadida e ocupada por um grande grupo de agentes do FBI”, disse Trump em comunicado, em que afirmou também que seu cofre foi arrombado.

“Depois de trabalhar e cooperar com as agências governamentais relevantes, essa invasão não anunciada em minha casa não era necessária ou apropriada”, afirmou o ex-presidente em nota.

Ainda não há detalhes oficiais sobre os motivos da operação, e nem o FBI nem o Departamento de Justiça comentaram as acusações do republicano. Fontes ligadas à inteligência americana afirmaram à imprensa local que a busca focou material que o ex-presidente levou da Casa Branca à residência na Flórida, como caixas com documentos secretos. De acordo com a CNN, Trump não estava na casa no momento da operação.

Em fevereiro, o Arquivo Nacional da Casa Branca precisou mandar buscar na casa do ex-presidente da Flórida 15 caixas de documentos que foram retirados indevidamente da sede do Executivo americano, que continham correspondências trocadas com o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, entre outras.

Trump foi acusado em diversas ocasiões de destruir documentos enquanto ocupava a Presidência para evitar investigações futuras. Nesta segunda, o portal americano Axios publicou imagens de anotações que o ex-presidente teria jogado em uma privada enquanto comandava o país.

A investida sobre Trump é incomum na história recente dos Estados Unidos. Quando o também republicano Richard Nixon renunciou ao cargo de presidente em 1974 em meio ao escândalo de Watergate, recebeu do seu vice e sucessor, Gerald Ford, “perdão total, livre e absoluto por todas os crimes” que “cometeu ou possa ter cometido ou participado” durante o mandato.

Ford afirmou à época que não queria “prolongar os pesadelos que continuam a reabrir um capítulo que está encerrado” e que seria seu dever “não apenas proclamar a tranquilidade doméstica, mas usar todos os meios que tenho para assegurá-la”. Por coincidência, a operação de busca contra Trump se dá justamente no aniversário de 48 anos da renúncia de Nixon, em um 8 de agosto de 1974.

O Departamento de Justiça do país tem avançado contra Trump também em outras frentes, além da busca por documentos supostamente confiscados. O órgão tem ouvido pessoas próximas ao republicano como testemunhas em investigação sobre o envolvimento do ex-presidente nos ataques ao Congresso em 6 de janeiro de 2021, quando tentava evitar a posse de seu sucessor, Joe Biden, após eleições que acusou terem sido fraudadas —sem provas.

Observadores apontam que o movimento pode representar o início de uma investigação contra Trump no âmbito criminal, além da esfera administrativa. Segundo o Washington Post, os investigadores apreenderam registros telefônicos dos principais assessores do republicano e examinaram conversas envolvendo o político. O Departamento de Justiça ainda tem feito perguntas detalhadas sobre reuniões conduzidas por Trump, a pressão contra o ex-vice-presidente Mike Pence para não aceitar os resultados das urnas e instruções que teriam sido dadas sobre os falsos eleitores.

A dificuldade em aceitar a derrota nas eleições de 2020 tem sido detalhada também em outra investigação, esta conduzida por um comitê da Câmara que apura o ataque ao Congresso. Uma série de pessoas próximas ao ex-presidente, como sua filha Ivanka Trump, e ex-assessores prestaram depoimento à comissão.

Trump tem uma relação conturbada com o FBI desde o início de seu mandato como presidente. Em 2017, demitiu o então diretor do órgão James Comey, que chefiava investigações sobre integrantes da campanha de Trump e sua suposta ligação com a Rússia. Em investigação do Congresso sobre o episódio, Comey afirmou que Trump esperava que o diretor tivesse lealdade ao presidente.

A casa em Mar-a-Lago, onde Trump mora, funcionou como uma espécie de escritório extra-oficial do republicano durante seu mandato, onde recebeu uma série de líderes estrangeiros, como o presidente Jair Bolsonaro em 2020. Após de mudar para o local, Trump chegou a construir no resort uma réplica do Salão Oval, escritório de onde despacha o presidente na Casa Branca.

Folha Online

 

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