A família do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está sendo orientada a permanecer no hotel em que ficará hospedada em Brasília nos dias que antecedem a posse, por razões de segurança.
A ideia é evitar que os parentes, que devem comparecer em grande número, fiquem expostos a ataques violentos ao circularem pela capital federal.
Há o temor, inclusive, de que sejam seguidos e tenham seus passos relatados para outros grupos de bolsonaristas, que preparariam um cerco a eles em restaurantes, lojas ou parques que visitassem. Em novembro, nos EUA, usaram tática semelhante contra integrantes dos STF.
A recomendação foi dada a eles depois dos atos de violência e terrorismo em Brasília, e da tentativa de explosão de uma bomba nos arredores do aeroporto da capital federal. Os fatos levaram a equipe de segurança do petista a redobrar os cuidados com ele e com os que o cercam.
São esperados para a posse de Lula seus três irmãos vivos –Maria, Ruth e Frei Chico–, os cinco filhos –Lurian, Marcos, Fabio, Sandro e Luís Claudio–, as noras e o genro, os oito netos e a bisneta, Analua.
A segurança em Brasília por causa da posse de Lula preocupa autoridades. Na quarta (28), o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), suspendeu temporariamente as autorizações para todas as espécies de porte de armas de fogo no Distrito Federal. A restrição está em vigor das 18h da quarta até 2 de janeiro.
A decisão de Moraes também abrange o transporte de armas e munições, por parte de colecionadores, atiradores e caçadores em todo o território do DF. Caso seja descumprida, o ministro determina que seja considerado flagrante delito por porte ilegal de arma ao cidadão.
O Ministério da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL) também autorizou, em portaria publicada no Diário Oficial da União de quarta, a utilização da Força Nacional na posse, em apoio à PRF (Polícia Rodoviária Federal).
Folha Online
