O deputado estadual Fabiano Lucena (PSDB) comentou hoje a divergência existente no partido entre o senador Cícero e o ex-governador Cássio Cunha Lima. Segundo ele, a aliança de Cícero com Ronaldo Cunha Lima vai completar 20 anos e deve ser mantida. Para o deputado, a união do grupo tucano poderia fazer a candidatura própria crescer. Apesar disso, Fabiano afirmou que não há um pensamento hegemônico sobre essa tese no âmbito interno.
"Cícero não está na imprensa. Ele é senador e ocupa menos espaços que os detentores de cargos executivos. Essa diferença pode ser sanada com o guia eleitoral e com a união do grupo. Ele nunca perdeu uma eleição. Em 2002, José Maranhão lançou Roberto Paulino como candidato. Ele não tinha muita aceitação nas pesquisas, mas quase venceu. No processo eleitoral, se o grupo ficar unido, iremos para o segundo turno", disse ele.
Fabiano acrescentou não ter conhecimento da tese de recado duro transmitido por Cícero, através de um interlocutor, a Cássio Cunha Lima. Ele ainda disse que o ex-governador sondou os deputados a respeito do pensamento deles sobre as duas teses postas: a defesa de candidatura própria do PSDB ou o apoio do partido a Ricardo Coutinho (PSB).
"Não tenho conhecimento de nenhum recado. Nós falamos da necessidade de nos mantermos unidos e ele externou o desejo de presidir o PSDB. O convite foi feito no passado e é preciso ver o que isso representa para o nosso futuro", contou o parlamentar.
A tese de nova reunião entre Cássio, Cícero e os deputados foi confirmada por Fabiano. A data, contudo, ainda não foi agendada.
Zenóbio – Apesar de ter evitado entrar na polêmica com o colega Zenóbio Toscano, que fez queixas a Cícero Lucena e anunciou que só não deixa o PSDB porque pode perder o mandato, Fabiano questionou a especulada migração de Léa, esposa de Zenóbio, para o PSB de Ricardo Coutinho: "Se ele se queixa de que não pode falar, o PSB talvez não seja o lugar ideal para a filiação. Guilherme Almeida pode falar com mais propriedade sobre isso".