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Estuprador de Queimadas não reagiu ao ser preso e aguarda decisão sobre transferência para a PB

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Eduardo dos Santos Pereira, de 40 anos, mentor do crime conhecido como a Barbárie de Queimadas, que foi preso hoje na cidade de Rio das Ostras, interior do Rio de Janeiro, não reagiu durante a prisão, realizada nas primeiras horas da manhã de hoje em uma ação da Polícia Civil da Paraíba, por meio da Draco, com o apoio da Polícia Civil do Rio.

De acordo com a Polícia Civil, ele estava sozinho em uma casa alugada em Rio das Ostras no momento da prisão.

A Polícia aguarda agora a decisão do juízo de execução do Rio para a transferência dele para o sistema penitenciário da Paraíba.

O delegado geral da Polícia Civil do Estado, André Rabelo, comemorou o trabalho realizado pela polícia, que resultou na prisão de Eduardo.

“É um momento de alegria nossa, principalmente quando a gente recebe dos familiares das vítimas uma ligação, uma mensagem, de agradecimento, por retirar de circulação um indivídio condenado a mais de 108 anos de prisão pela morte de duas mulheres e estupro de cinco. Isso vem coroar o momento que a Polícia Civil passa de muito investimento, trabalho e dedicação”, afirmou.

Eduardo estava fogarido desde 2020.

Juntamente com o irmão e outros homens, em 2012, Eduardo estuprou cinco mulheres em uma festa organizada exatamente com esse propóstico. Duas delas foram assassinadas.

Barbárie de Queimada

Juntamente com o irmão, Luciano dos Santos Pereira, Eduardo e outros homens, além de três adolescentes, estupraram cinco mulheres que estavam em uma festa. Duas delas, a educadora Isabella Pajuçara e a amiga dela, Michele Domingos, foram assassinadas.

A festa acontecia na casa de seu ex-cunhado, Eduardo dos Santos Pereira, no Centro de Queimadas. Eduardo, dono da residência, tinha organizado tudo com o irmão, Luciano. A certa altura, Eduardo e Luciano saíram acompanhados de outros presentes “para comprar gelo”. Já passava das 23h quando seis homens encapuzados chegaram armados. Um deles avisou: “Ninguém reage, se não morre”.

Os criminosos prenderam os convidados e estupraram cinco mulheres. Enquanto lutava para evitar a violência contra ela, Izabella reconheceu o dono da casa como o agressor e foi friamente executada. Mesmo destino teve Michelle, presente quando a amiga gritou o nome do ex-cunhado: “Eduardo, não! Tanto que eu fiz por você! Mainha não vai gostar disso!”.

Segundo as investigações, o crime foi planejado como “presente de aniversário” para Luciano. Horas antes da festa, os estupradores compraram abraçadeiras plásticas, também chamadas de enforca-gatos, para prender as vítimas. Já durante o encontro, os irmãos deixaram o imóvel com os comparsas apenas para voltar, minutos depois, armados e com as cabeças cobertas por capuzes e máscaras de carnaval. Eles entraram anunciando um assalto, mas, na verdade, o objetivo era violentar as mulheres. Duas delas estavam com seus maridos, agredidos e ameaçados de morte para não reagir.

As mulheres foram mantidas num cômodo da casa, presas com os enforca-gatos, de olhos vendados e com meias na boca. Uma a uma, elas eram forçadas a ir para um outro quarto, onde os criminosos batiam nelas e as estupravam. De acordo com depoimentos prestados na delegacia, Izabella Pajuçara se defendeu com tanta força que a máscara usada por Eduardo saiu da cabeça dele o bastante para a professora identificá-lo. Naquele momento, Michelle também estava no cômodo. Por conta disso, as duas amigas foram enfiadas dentro de um carro e levadas para serem assassinadas.

Michelle ainda saltou do veículo em movimento, mas recebeu quatro disparos, sendo dois na cabeça, diante da Igreja Matriz, onde havia participado de uma missa na véspera. Ela foi achada por um PM ainda com vida e levada para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Já Izabella foi encontrada morta numa estrada próxima, com marcas de três tiros e uma meia dentro da boca.

Segundo as vítimas, Eduardo voltou para casa sem máscara e fingiu que não sabia de nada. O próprio criminoso foi à delegacia local para “denunciar” o assalto a sua casa. Mas os policiais começaram a desconfiar dele e de seu irmão imediatamente, achando estranha a frieza de ambos ao narrar tudo o que havia ocorrido. Os dois foram presos no velório das mulheres mortas.

Julgados em outubro do mesmo ano, Eduardo e Luciano foram condenados às maiores penas entre os envolvidos. Mentor do crime, Eduardo foi condenado a 108 anos de cadeia e seu irmão, a 44 anos de reclusão.

Os outros cinco condenados receberam penas de até 30 anos de prisão fechada, mas todos já tiveram progressão para o regime semi-aberto. Jacó Sousa, sentenciado a 30 anos por estuprar duas mulheres e ajudar no abuso das outras três, foi morto a tiros em 2020, quando estava em liberdade condicional.

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