O esquema de propinas para liberar traficantes na Paraíba usava maquineta de cartão de Crédito, possibilitando, inclusive, o parcelamento, com juros, para que não fosse lavrado os autos de prisão em flagrante e demais atos. É o que foi constatado na Operação Proditor, deflagrada hoje (10) Polícia Civil da Paraíba e o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (Gaeco/MPPB). Foram encontrados, durante a investigação, elementos probatórios indicadores da prática de crimes de corrupção, peculato e extorsão, entre outros. Na operação, foi constatado que as propinas dirigidas a agentes públicos, alvos da Operação Proditor, deflagrada hoje, eram coletadas pela advogada, por meio de uma maquineta de cartão de crédito.
A “Operação Proditor” teve como objetivo foi dar cumprimento a 14 mandados judiciais, sendo três de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão, em quatro cidades da Paraíba e de Pernambuco.
Até o momento, a investigação aponta para 10 pessoas, sendo um delegado, um escrivão, sete agentes e uma advogada. De acordo com a PC e o Gaeco, apurou-se que os investigados acertavam entre eles o recebimento de valores indevidos para falsear a verdade em procedimentos policiais. O material apreendido poderá fornecer elementos capazes de alcançar outras pessoas.
Foram cumpridos mandados judiciais em dezesseis locais, nas cidades de João Pessoa, Santa Rita, Bayeux, além de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco. A operação conta com a participação de 96 agentes públicos, sendo 13 delegados de Polícia, 57 agentes e escrivães, além de 26 integrantes do Gaeco.