Entregadores de aplicativos fizeram protestos em cidades brasileiras nesta quarta-feira (1º). Os protestos contaram com a participação dos trabalhadores na Paraíba, apesar da baixa adesão ao movimento.
A mobilização da categoria, que teve forte crescimento ao longo da pandemia do novo coronavírus, é por melhores condições de trabalho.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores com Motoboy e Motofrete (Sindmotos), Ernani Bandeira César, disse ao ParlamentoPB que a baixa adesão ao movimento é provocada pela manipulação dos aplicativos. “Quem aderir é punido e as vezes é banido da plataforma”, afirmou.
Segundo ele, devido ao desemprego e o medo de perder o emprego os trabalhadores preferem não se expor e se sujeitam a trabalhar em condições humilhantes. “É a única renda que eles têm e preferem não se expor”, ressaltou.
Ernani também se queixou da falta de fiscalização por parte do Ministério Público do Trabalho das condições precários de trabalho enfrentadas pela categoria.
Eles reivindicam aumento do valor recebido por quilômetro rodado; aumento do valor mínimo; fiscalizações do MPT; diminuição da jornada de trabalho; fim do que os entregadores consideram bloqueios indevidos; seguro de roubo, acidente e vida; e auxílio pandemia (equipamentos de proteção individual – EPIs – e licença).
Na Paraíba, segundo o Sindmotos, são seis mil trabalhadores, divididos entre três categorias: aplicativo (pelas plataformas), vínculo com a CLT e autônomos.