Uma declaração surpreendeu hoje na entrevista concedida pelo deputado federal Efraim Filho (DEM) à Rede Paraíba Sat. Ele contou a respeito de uma conversa mantida por ele com o colega Major Fábio ainda no período pré-eleitoral e na qual o policial teria dito que entendia a sanção da PEC 300 como uma prova do desespero do então candidato à reeleição, José Maranhão (PMDB), que acabou perdendo o pleito, apesar de autorizar o reajuste dos profissionais de segurança pública na tarde que antecedeu ao segundo turno:
– Desde a eleição tenho uma boa relação com o companheiro Major Fábio. Antes da eleição, Fábio me dizia que essa ação de Maranhão era um ato de desespero para quem estava vendo a campanha perdida. Ele dizia que tinha passado todo o ano tentando uma audiência e nunca tinha sido recebido pelo governador. A PEC 300 é válida, mas está havendo desvio de foco. A luta está correta pela PEC 300, pela melhoria da segurança pública e por melhores salários para policiais e bombeiros. O que está errada é a arena da disputa, que é no Congresso Nacional, onde a PEC foi aprovada e depois, no segundo turno, enterrada pelo PMDB do então presidente da Câmara, Michel Temer. Está se errando o alvo porque a disputa não é na Paraíba. É em Brasília.
Apesar de discordar da contundência do Major Fábio na defesa do pagamento da PEC 300 na Paraíba, Efraim Filho disse que o DEM não vai punir o deputado por causa de sua postura de oposição ao governador Ricardo Coutinho (PSB), em cuja base de situa o partido.
– O partido não vai retaliar nem punir, mas esse comportamento não tem nosso aval. Ele não terá mandato mais a partir de 1º de fevereiro e não há porque se falar em punição.
Ação contra Santiago – Efraim Filho também confirmou que a Coligação Uma Nova Paraíba teria dado entrada em uma ação de impugnação de mandato eletivo (Aime) contra o senador diplomado Wilson Santiago (PMDB), questionando a doação de R$ 25.997,00 feita pela Gráfica Moura Ramos para a campanha do peemedebista. O argumento da peça é que o valor seria o mesmo usado por Santiago através de sua verba de gabinete para pagar pelos serviços da mesma gráfica que doou recursos à sua campanha.
– Eu sei que o senador Efraim Morais está na ação. Ele diz que em virtude da utilização da verba indenizatória para custear ações de campanha, o que é proibido por lei, o mandato seja cassado.