O deputado federal Efraim Filho, líder do DEM na Câmara dos Deputados, está entre os nomes citados como opções do futuro União Brasil para ocupar a vice de Sérgio Moro na disputa pela Presidência da República nas eleições do próximo ano.
De acordo com o colunista Alberto Bombig, do Estadão, além de Efraim, outros dois nomes da região Nordeste têm sido citados como opções para ser o vice de Sérgio Moro: Luciano Bivar (PSL-PE) e Mendonça Filho (PE).
Em resposta ao ParlamentoPB, Efraim Filho disse que tudo não passa de cogitação e que está focado na disputa por uma vaga no Senado Federal. “Mera Cogitação da imprensa nacional. Foco é no Senado”, afirmou.
Segundo o colunista, dirigentes do União Brasil (fusão do DEM com o PSL) têm sido cobrados a dar maior clareza ao projeto eleitoral para 2022. Seja pela ala que pretende estar ao lado de Jair Bolsonaro (PL), seja pela atualmente mais alinhada a Sérgio Moro (Podemos), a ideia é buscar celeridade. Afinal, em uma campanha eleitoral tão antecipada, o futuro partido corre risco de ser atropelado na formação de alianças e, consequentemente, dos apoios regionais.
Pesquisa mostra avanço de Moro
A mais recente pesquisa Genial/Quaest mostra que Sérgio Moro (Podemos) está se consolidando como uma alternativa eleitoral consistente à polarização entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL). O ex-juiz se firma em terceiro na disputa presidencial de 2022, deixando Ciro Gomes (PDT) e João Doria (PSDB) para trás.
Segundo a Quaest, Moro tem 11% das preferências no cenário com Lula, Bolsonaro e Ciro; e 10% no cenário mais completo, no qual Ciro tem 5%; Doria, 2%; e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), 1%. A pesquisa foi feita entre os dias 2 e 5 de dezembro com 2.037 entrevistas presenciais em todos o Brasil. O nível de confiança, segundo os responsáveis pela pesquisa, é de 95%, com margem de erro máxima de 2%, para cima ou para baixo, em relação ao total da amostra.
“Moro está vagarosamente ocupando um espaço de quem é ‘nem Lula, nem Bolsonaro’”, afirma Felipe Nunes, diretor da Quaest. “Mas ele precisa modular o discurso. A rejeição dele é muita alta, só abaixo da de Bolsonaro.” Segundo a pesquisa, 61% dos eleitores que conhecem o ex-juiz dizem que não votariam nele.