Cláudia Carvalho
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, não deixou dúvidas sobre a chancela que o partido que preside, o PSB, dá ao prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, presidente estadual da legenda. Em entrevista concedida no Palácio Campo das Princesas por volta das 15 horas, ele declarou que o plano do PSB é fazer de Ricardo Coutinho governador da Paraíba. Sobre a briga interna protagonizada pelos deputados Manoel Júnior e Guilherme Almeida, Campos também deixou claro que a maneira como a queixa foi externada lhe desagradou:
"Conversamos com Manoel Júnior e Marcondes Gadelha mas não podemos botar o carro na frente dos bois. Não podemos discutir as coisas pelos jornais. Vamos discutir isso no momento certo. A população fala claramente sobre a candidatura de Ricardo Coutinho e vamos fazer o que pudermos para fazer de Ricardo governador. Isso não é contra Maranhão. Todo partido quer crescer. Isso não vem da minha cabeça nem da de Ricardo. Isso vem da população. Queremos que o partido esteja unido. Sabemos que os partidos democráticos têm esses debates", declarou.
Campos acrescentou que a decisão sobre a celebração de alianças depende apenas dos entendimentos firmados na Paraíba, sem restrição da direção nacional: "Vim de uma escola política que fez muitas alianças. Eu, para chegar ao Governo, fiz alianças e meu governo tem essa marca. Só deve ter medo de fazer aliança quem tem medo do que é. Não se deve temer aliança se não se renuncia a principios fundamentais da vida pública. As alianças serão feitas na Paraíba e a direção do partido vai apoiar para que governemos na direção de quem mais precisa. Não há nenhuma preocupação sobre com quem será essa composição. Não há nenhum óbice do partido sobre composições. Apoiamos Aécio Neves na reeleição e mesmo sem que nosso partido tenha uma relação com o PSDB nacional", resumiu.