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Dom Delson diz que canonização de Irmã Dulce neste domingo reconhece caridade extrema

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Neste domingo (13), às 5h da manhã em Brasília (10h em Roma), a soteropolitana Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes (1914–1992), nominada como Irmã Dulce desde 1933, torna-se a primeira santa nascida no Brasil reconhecida pela Igreja Católica Apostólica Romana. Torna-se Santa Dulce dos Pobres.

O arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson, disse em entrevista que a Irmã Dulce praticou de modo extremo a caridade. “Ela atingiu o máximo de reconhecimento de suas virtudes heroicas na fé, a virtude principal do cristão que é a caridade, que ela praticou de modo extremo. E, por isso, depois de sua morte abriu-se o processo de canonização com a beatificação e, agora, dia 13 de outubro, a canonização. E no dia 20 de outubro, em Salvador, a celebração na Fonte Nova com todo o povo baiano para render graças a Deus pela canonização de Irmã Dulce.”

A Comunidade Consolação Misericordiosa, no bairro Castelo Branco, em João Pessoa, tem programação especial para celebrar a canonização da Irmã Dulce. Na terça-feira (15), haverá duas apresentações de grupos da comunidade, no Hotel Tambaú. Os ingressos custam R$ 20, e as apresentações acontecerão às 18h e às 20h.

O Irmão Sandro dos Santos, líder da Consolação Misericordiosa, disse ao ParlamentoPB ter se inspirado nas palavras do cardeal Angelo Becciu para descrever Irmã Dulce. “Me identifiquei com as palavras do Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, o Cardeal Angelo Becciu que configurou: ”Ela suportou grandes sofrimentos. Sofrimento físico que soube oferecer a Deus, sabendo que o sofrimento cristão, para quem é chamado à santidade , oferecido a Deus é ouro. Ela soube transformar o sofrimento em bem para a Igreja, para a humanidade, ou seja, atualizou a cruz de Jesus. Ele nos salvou na cruz , e ela viveu a sua dor unida a dor de Jesus que nos transforma, e isso torna atual a cruz de Jesus”.”

A canonização ocorre nove anos após o colegiado de cardeais e bispos da Congregação para a Causa dos Santos, da Cúria Romana, atestar o primeiro milagre atribuído à Irmã Dulce descrito no processo de beatificação da religiosa iniciado pela Arquidiocese de São Salvador da Bahia. A decisão do colegiado é baseada em avaliação de peritos de saber científico (como médicos) e teólogos.

O milagre que levou à beatificação foi a intercessão da freira, a pedido de orações de um padre, para salvar a vida de uma mulher que deu à luz a um menino e estava desenganada por causa de uma hemorragia depois do parto, que os médicos não conseguiam conter. O caso ocorreu nove anos após a morte de Irmã Dulce (2001), em uma cidade do interior de Sergipe.

Para a canonização, a Constituição Apostólica exige a comprovação de um segundo milagre e semelhante ritual processual e comprobatório. A segunda graça, conforme publicado pela Arquidiocese de Salvador, foi a recuperação da visão do músico e maestro José Maurício Bragança Moreira, após 14 anos sem enxergar por causa do glaucoma.

“Eu fui paciente de glaucoma muito grave que me cegou durante 14 anos. No dia do milagre, 10 de dezembro de 2014, o meu coral ia cantar, mas a minha esposa nem me deixou sair de casa por causa do derrame que eu tive nos olhos devido a uma conjuntivite viral. Eu passei a noite sem conseguir dormir e por volta das 4h eu peguei a imagem de Irmã Dulce, que fica na cabeceira da minha cama, a coloquei nos meus olhos e pedi que ela aliviasse a minha dor”, descreve Moreira em relato publicado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

De acordo com o músico, após colocar o santinho impresso sobre os olhos, sentiu sono e adormeceu. “Quando eu acordei de manhã, a minha esposa me deu umas compressas de gelo e foi quando eu comecei a enxergar o gelo e a ver a minha mão, e aos poucos a visão foi voltando. O momento que começou o retorno da visão foi pouco tempo depois da oração. É um milagre”, afirma. Após o reconhecimento do milagre pela Igreja, o Papa Francisco anunciou a canonização de Irmã Dulce.

Vocação social

A vocação religiosa de Irmã Dulce é revelada ainda na adolescência sob influência de uma tia paterna. Ela tornou-se freira no começo da década de 1930 pela Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em São Cristóvão (Sergipe).

Formada como professora, teve como primeira missão ensinar a crianças em colégio de sua congregação em Salvador. A vocação para as causas sociais teve início naquela década quando passou a prestar assistência à comunidade pobre de Alagados, e a participar da União Operária São Francisco.

Em 1937, funda o Círculo Operário da Bahia, juntamente com Frei Hildebrando Kruthaup. Em 1939, Irmã Dulce inaugura o Colégio Santo Antônio, escola comunitária voltada para operários e filhos de operários.

Dez anos depois, ocupa um galinheiro ao lado do Convento Santo Antônio de Salvador para acolher 70 doentes. Em 1959, é instalada oficialmente as Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) e no ano seguinte é inaugurado o Albergue Santo Antônio.

Celebração

O Santuário de Irmã Dulce, em Salvador, ao lado da sede das Osid permanecerá aberto durante toda noite de sábado (12) e a madrugada de domingo para a vigília à espera das canonizações que o Papa Francisco presidirá no Vaticano.

Junto com a santa brasileira, serão canonizados os beatos John Henry Newman (1801-1880), cardeal, fundador do Oratório de São Filipe Néri na Inglaterra; Giuseppina Vannini, Madre Josefina (1859-1911), italiana, fundadora das Filhas de São Camilo; a Maria Teresa Chiramel Mankidiyan (1876-1926), indiana, fundadora da Congregação das Irmãs da Sagrada Família; e Margherita Bays (1815-1879), suíça, da Ordem Terceira de São Francisco de Assis.

A primeira missa em honra à Santa Dulce dos Pobres ocorrerá em Roma na igreja San’t Andrea della Valle, segunda-feira(14), 24 horas depois da canonização. No dia 20 de outubro, domingo, em Salvador, haverá a celebração pela canonização da Santa. Será no estádio de futebol Arena Fonte Nova, com abertura dos portões ao meio-dia. Os ingressos gratuitos estão à disposição nas diversas paróquias da Arquidiocese de Salvador e começaram a ser distribuídos no início deste mês.

Saiba mais sobre a vida de Irmã Dulce, a primeira santa brasileira

 

Folder mostra programação especial da Comunidade Consolação Misericordiosa para celebrar a canonização da Irmã Dulce. – Foto: Divulgação

 

 

 

Por ParlamentoPB, com Agência Brasil

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