Dois homens bebiam em um depósito de bebidas no município de Pedro Régis, a 87 quilômetros de João Pessoa, quando eles discutiram por causa de uma aposta política. A troca de ofensas passou para a agressão física e um deles, armado, disparou contra o outro, Antonio Aprígio da Silva, e o matou. O crime aconteceu no último domingo, 18, e o suspeito, que está foragido, é conhecido como Júnior Aguiar.
Uma moradora que não quis se identificar contou ao ParlamentoPB como o desfecho trágico se deu: “Eles estavam bebendo juntos a tarde inteira. Lá pelas tantas, já com muita cachaça na cabeça, os dois começaram a fazer apostas. Mas a vítima não tinha dinheiro pra apostar, ofereceu o carro, o acusado disse que não era liso que tinha dinheiro pra apostar, aí a vítima se sentiu ofendida e começou a treta de um humilhar o outro por ser pobre e lascado”, narrou.
Segundo ela, os dois tinham temperamento forte e “não eram de levar desaforo para casa”. “A briga começou e foi um empurra-empurra, os amigos tentando apartar, tanto que a vítima chegou a rasgar a camisa do assassino no meio do embate. Não deu outra, o tal Júnior estava armado e deu um tiro certeiro no peito de Tonho, que morreu na hora”, completou a moradora.
A vítima, “Tonho” era irmão de criação do vice-prefeito Márcio Dias, que atualmente está novamente na chapa majoritária com Michele. Era vaqueiro, morava na zona rural, casado e tinha um filho de seis anos, que estava junto no local e viu tudo.
O acusado é comerciante e da mesma forma que “Tonho” era querido na cidade até a tragédia acontecer. “Foi mesmo uma fatalidade, uma tragédia provocada por bebedeira. Não havia nenhum movimento político na cidade no dia. O movimento que iria acontecer havia sido cancelado por causa da morte de um morador no dia anterior, de causas naturais. A coligação da prefeita até tinha cancelado o evento em solidariedade aos familiares”, acrescentou a moradora.
O delegado Sylvio Rabelo também deu detalhes sobre o assassinato.
