São Paulo – A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, anunciou neste sábado que enfrenta um tratamento de quimioterapia, após a retirada de um pequeno tumor (gânglio) em sua axila. Dilma está tratando um linfoma (tumor no sistema linfático) há uma semana no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, anunciou neste sábado que enfrenta um tratamento de quimioterapia, após a retirada de um pequeno tumor (gânglio) em sua axila. Dilma está tratando um linfoma (tumor no sistema linfático) há uma semana no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
O tratamento de quimioterapia deverá durar quatro meses e será aplicado em sessões realizadas no hospital a cada três semanas. De acordo com a equipe médica, composta por Roberto Kalil Filho (cardiologista), Paulo Hoff (oncologista clínico), e Yana Augusta Sarkis Novis (hematologista), a ministra encontra-se, neste momento, sem "evidência da doença ativa" (não há mais nenhum tumor) e fará a quimioterapia por segurança. Yana enfatizou que, como a doença está no estágio inicial, há grande chance de cura.
A ministra reiterou diversas vezes que irá manter sua agenda "no mesmo ritmo" que mantinha até a descoberta do câncer. “Não há uma incompatibilidade entre uma coisa e outra [tratamento e agenda de ministra]. O tratamento não me obriga a retrair minha atividade. Pelo contrário, acho que vai até me impulsionar.”
“Estou me sentindo muito bem. Uma das coisas contraditórias desta doença é que não há sintomas”, disse Dilma. A ministra lembrou a importância de realizar exames de rotina, check-ups, pois foi desta forma que a doença foi descoberta.
“Eu recebo [a notícia do câncer] com tranquilidade. Acho que tenho sorte de ter tido um diagnóstico precoce. Esse é mais um desafio que vou ter na minha vida. Assim como milhares de homens e mulheres anônimos que enfrentam este processo, o meu objetivo é enfrentar e viver minha vida de forma bastante intensa. É um momento de comemorar a vida”, declarou.
Quando perguntada sobre os efeitos colaterais da quimioterapia, tratamento agressivo que pode debilitar o paciente, Dilma afirmou que está tranquila, pois “cada pessoa reage de um jeito”. “Meu cabelo ainda não caiu, como vocês podem ver”, brincou.
Dilma mostrou-se otimista e afirmou que está “segura na recuperação”. Questionada sobre as eleições de 2010, se pretente ser candidata à presidência em 2010, Dilma se negou a responder. "Nem amarrada respondo essa questão", asseverou.
No entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já demonstrou sua preferência pela candidatura de Dilma Rousseff à presidência, pelo PT.
Em conversa privada na última sexta-feira, Dima informou a Lula que iria a São Paulo para o tratamento de um linfoma e que faria o comunicado oficial sobre a doença. O presidente, que está em Brasília sem compromissos oficiais, não deve se pronunciar sobre o assunto neste final de semana.
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