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Diesel fica 8,8% mais caro a partir desta terça-feira, anuncia Petrobras

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A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (9) aumento do preço médio do diesel de 8,87% nas suas refinarias, com o valor do combustível para distribuidoras passando a valer R$ 4,91 por litro, a partir de terça-feira (10), segundo comunicado da empresa.

Em meio a manifestações nos últimos dias do presidente Jair Bolsonaro contra uma alta de combustíveis, a Petrobras ressaltou que o reajuste foi feito após 60 dias. Disse ainda que valores da gasolina e do GLP (gás de cozinha) foram mantidos.

“Com esse movimento, a Petrobras segue outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda acompanhando os preços de mercado”, disse a companhia em nota.

O reajuste foi realizado enquanto as cotações de diesel e gasolina apresentavam defasagem em relação à paridade internacional, com a diferença em -27% para o primeiro e -22% para o segundo, conforme avaliação do Itaú BBA, na última sexta-feira (6).

Também na sexta, a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) havia divulgado que o preço médio do diesel nas refinarias brasileiras estava R$ 1,27 por litro abaixo da paridade de importação, conceito usado pela política de preços da Petrobras que simula quanto custaria para trazer o produto do exterior.

A defasagem do preço do combustível vinha elevando a pressão por um reajuste, porque dificultava a importação e elevava os riscos de escassez. Na semana passada, postos já chegavam a falar em racionamento seletivo.

Empresas de ônibus, por outro lado, divulgaram comunicado dizendo que a população poderia ter problemas com o transporte coletivo, caso o preço do diesel subisse.

O último ajuste de preços aplicado pela Petrobras havia acontecido em 11 de março e, naquele momento, refletia apenas parte da elevação observada nos preços de mercado. Naquela oportunidade, a estatal elevou o diesel em cerca de 25%, a gasolina em quase 19% e o GLP em 16%.

“Desde aquela data, a Petrobras manteve os seus preços de diesel e gasolina inalterados e reduziu os preços de GLP, observando a dinâmica de mercado de cada produto”, disse a estatal.

“Nesse momento, no entanto, o balanço global de diesel está impactado por uma redução da oferta frente à demanda. Os estoques globais estão reduzidos e abaixo das mínimas sazonais dos últimos cinco anos nas principais regiões supridoras.”

Segundo a estatal, esse desequilíbrio resultou na elevação dos preços de diesel no mundo inteiro, com a valorização deste combustível muito acima da valorização do petróleo.

A Petrobras destacou que as refinarias da companhia já estão operando próximo do seu nível máximo (fator de utilização de 93% no início de maio), considerando as condições adequadas de segurança e de rentabilidade, e que o refino nacional não tem capacidade para atender toda a demanda do país.

“Dessa forma, cerca de 30% do consumo brasileiro de diesel é atendido por outros refinadores ou importadores. Isso significa que o equilíbrio de preços com o mercado é condição necessária para o adequado suprimento de toda a demanda, de forma natural, por muitos fornecedores que asseguram o abastecimento adequado”, observou.

Especialistas têm ressaltado a importância de manter os preços em equilíbrio, uma vez que o Brasil é um importador de combustíveis.

“O Brasil é importador de derivados, portanto não seguir a paridade dos preços pode levar a desabastecimento do mercado”, disse à Reuters Pedro Rodrigues, do Cbie (Centro Brasileiro de Infraestrutura).

“Independente da reclamação e insatisfação do presidente e de todos os consumidores, não seguir o preço internacional pode causar desabastecimento. Quando a margem começa a abrir muito, ou seja, combustível mais barato aqui dentro, o aumento é inevitável”, adicionou Rodrigues.

A Petrobras ressaltou que os preços praticados pela empresa são apenas uma parcela dos preços que chegam ao consumidor final.

Para a formação do preço na bomba, ainda são adicionadas parcelas da mistura obrigatória de biodiesel, custos e margens de distribuição e revenda, e tributos que, no caso do diesel, atualmente limitam-se ao ICMS, imposto estadual, uma vez que os tributos federais PIS e Cofins tiveram suas alíquotas zeradas a partir de 11 de março.

“Dessa forma, a Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, acompanhando as variações para cima e para baixo, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos da volatilidade, ou seja, evita o repasse das variações temporárias que podem ser revertidas no curto prazo”, destacou.

Folha Online

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