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Depoimentos à polícia acusam pastor de assediar fiéis em João Pessoa

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Uma série de depoimentos prestados à Polícia Civil denunciam a prática de assédio sexual por parte do Pastor Samuel Mariano, da Igreja ADBrás Paraíba a fiéis. Os relatos são parecidos: narram a oferta de transferências bancárias e até de cargos para se aproximar das mulheres para em seguida começarem as investidas. O marido de uma diaconisa, a própria religiosa e uma dirigente do Ciclo de Orações contam comportamentos semelhantes atribuídos a Samuel que ainda é apontado como autor de desvio de dinheiro da igreja e mandante de intimidação.

Milena Feitosa – Um dos interrogatórios ocorreu no dia 22 de julho e foi prestado por Milena Filgueiras Batista ao delegado Nélio Carneiro dos Santos, da 2ª delegacia distrital. Ela contou que ingressou na Igreja ADBrás em agosto junto com o marido. Logo, foi escalada pela esposa de Samuel, Isabella, como uma das dirigentes do Ciclo de Orações e em seguida, como pregadora nas congregações da igreja. Passou a ter acesso à casa do pastor e foi ainda convidada para a vice-presidência da Confederação das Irmãs Beneficentes Evangélicas, além de ter assumido a Ação Social e a Sexta Profética junto com o esposo. Com isso, passou a receber uma ajuda de custo. Ela conta que Samuel passou a realizar lives e nelas pedia que o dízimo fosse repassado através de um Pix que não era da igreja, mas de uma empresa, a SM Produções.

Milena acrescentou ter tomado conhecimento através de uma ex-integrante da igreja de que Samuel costumava assediar várias mulheres e que tentara também manter contato sexual com ela, Laura, que decidiu deixar a ADBrás e se mudou para o Pará junto com o marido. Detalhes dos supostos assédios foram contados por Laura a Milena que, por sua vez, gravou o conteúdo em um áudio que mandou para uma amiga, mas acabou vazando em grupos de WhatsApp.

Com a divulgação do escândalo, Milena disse ter sido procurada por uma advogada chamada Anne para que ela gravasse um vídeo se retratando. Também teria sido perseguida nas redes sociais por um outro pastor com o mesmo intuito de “desmentir” as narrativas contra Samuel.

Monalisa Feitosa e Paulo Henrique – O casal prestou depoimento no dia 21 de julho também ao delegado Nélio Carneiro e contou que entrou na igreja comandada por Samuel no início de 2019. Depois de alguns meses, o casal foi promovido ao diaconato. Em 2020, Milena foi designada para a Coordenação dos Jovens e até março, a relação com Samuel era apenas eclesiástica. Depois disso, contudo, ele passou a enviar mensagens de cunho sexual e sugeriu que poderia ajudá-la financeiramente para que comprasse roupas. A conversa foi evoluindo em ocasiões seguintes e chegou a incluir pelo menos cinco chamadas de vídeos nas quais o pastor se masturbava. Após os diálogos, ele pedia que ela apagasse as mensagens e enviasse print da tela do celular provando que havia tirado a conversa de seu telefone.

A frequência das chamadas e mensagens entre Monalisa e Samuel despertou o ciúme de Paulo, marido da diaconisa. Como ela negava qualquer investida do pastor, Paulo decidiu tomar o aparelho celular da mulher e acabou lendo conversas picantes entre os dois. Durante o período do assédio, o casal teria recebido R$ 3 mil de “ajuda de custo” do pastor.

O último depoimento, de Paulo Henrique, foi prestado no último dia 26 de julho e confirmou o que dissera a esposa sobre o assédio. Ele acrescentou ter conhecimento que outras mulheres também foram alvo das investidas do pastor e que um colega de Samuel havia lhe procurado para repreendê-lo pelo vazamento de informações ao Youtuber André Carpano, que divulgou o escândalo. Paulo, contudo, garante que nem ele nem a esposa compartilharam conteúdo nenhum com a imprensa nem com influenciadores digitais.

Samuel, por sua vez, entrou com uma representação criminal contra Paulo, Monalisa e Milena e os acusa de calúnia e difamação. Os depoimentos foram prestados em consequência da acusação prestada pelo pastor. Em sua argumentação, Mariano diz que os relatos contra ele são mentirosos e que os prints das conversas teriam sido forjados para prejudicá-lo. Também nega que tenha feito qualquer transferência de dinheiro para as mulheres que o acusam de assédio.

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