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Delator da Lava Jato é preso durante operação da PF na Paraíba

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A Polícia Federal prendeu oito investigados nesta terça-feira, 15, durante a Operação Efeito Dominó, deflagrada em João Pessoa e Cabedelo, na Paraíba, e em outros estados. Na Paraíba, a PF prendeu O delator da Operação Lava Jato, Carlos Alexandre de Sousa, conhecido como Ceará. Ele foi preso preventivamente, ou seja, por tempo indeterminado, em João Pessoa.

Ceará atuava na Lava Jato com o doleiro Alberto Youssef e firmou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). O acordo foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A PF disse que vai avisar as duas instituições para que avaliem a rescisão do acordo.

Como delator da Lava Jato, ele mencionou os políticos Fernando Collor de Mello, Aécio Neves, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues. 

Cerca de 90 policiais federais estão cumprindo 26 ordens judiciais, sendo 18 mandados de busca e apreensão, cinco mandados de prisão preventiva e três mandados de prisão temporária nos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e São Paulo. A ação faz parte da Operação Efeito Dominó contra a lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas, desencadeada pela PF. Em nota, a PF informou que identificou ‘uma complexa e organizada estrutura destinada à lavagem’.

A PF identificou a ‘atuação concreta e direta’ de dois operadores financeiros (doleiros) já conhecidos de operações anteriores da Polícia Federal – Operação Farol da Colina (Caso Banestado) e Operação Lava Jato. Ambos foram alvos de tais investigações pelas práticas dos mesmos crimes investigados.

Um dos alvos era exatamente o doleiro Carlos Alexandre, o Ceará, delator da Lava Jato, preso na operação deflagrada hoje.

“Quanto ao operador financeiro (“doleiro”) já investigado da Operação Lava Jato, chama atenção o fato de ter retornando às suas atividades ilegais mesmo tendo firmado acordo de colaboração premiada com a Procuradoria Geral da República e posteriormente homologado pelo Supremo Tribunal Federal. A Procuradoria Geral da República e Supremo Tribunal Federal serão comunicados sobre a prisão do réu colaborador para avaliação quanto a “quebra” do acordo firmado”, afirma a PF.

A ação é um desdobramento de investigações iniciadas em 2017 e que resultaram na Operação Spectrum. No ano passado, a Polícia Federal desarticulou uma enorme estrutura estabelecida para o tráfico internacional de drogas e comandada por Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, um dos maiores traficantes de drogas da América do Sul com conexões em dezenas de países.

“As investigações demonstram robustos indícios acerca do modus operandi da organização criminosa, consistente na convergência de interesses das atividades ilícitas dos “clientes dos doleiros” investigados, pois de um lado havia a necessidade de disponibilidade de grande volume de reais em espécie para o pagamento de propinas e de outro, traficantes internacionais como Luiz Carlos da Rocha possuíam disponibilidade de recursos em moeda nacional e necessitavam de dólares para efetuar as transações internacionais com fornecedores de cocaína”, informou a PF.

A ação desta fase tem, dentre outros, o objetivo de reunir informações complementares da prática dos crimes de lavagem de dinheiro, contra o Sistema Financeiro Nacional, organização criminosa e associação para o tráfico internacional de entorpecentes.

A denominação Efeito Dominó é uma alusão ao fato de existir um efeito em cascata no tráfico internacional de entorpecentes pois, por se tratar de crime que visa lucro, o dinheiro ilícito amealhado, especialmente no vultoso volume identificado nesta operação, necessita de forte estrutura de lavagem de dinheiro, consistente na movimentação de recursos em espécie no país com a intervenção de operadores financeiros (“doleiros”).

A referência também se baseia na identificação dos procedimentos sobrepostos de lavagem de dinheiro identificados, sempre com o objetivo de ocultar a origem e o real beneficiário dos recursos provenientes do tráfico internacional de drogas.

Os presos serão conduzidos à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.

VEJA ONDE SÃO CUMPRIDOS OS MANDADOS

RIO DE JANEIRO

Rio de Janeiro/RJ

04 mandados de busca e apreensão e 01 mandado de prisão temporária

Maricá/RJ

01 mandado de busca e apreensão

PARAÍBA

João Pessoa/PB

01 mandado de busca e apreensão e 01 mandado de prisão preventiva

Cabedelo/PB

01 mandado de busca e apreensão

PERNAMBUCO

Recife/PE

03 mandados de busca e apreensão e 02 mandados de prisão preventiva

CEARÁ

Fortaleza/CE

01 mandado de busca e apreensão e 01 mandado de prisão temporária

DISTRITO FEDERAL

Brasília /DF

02 mandados de busca e apreensão e 01 mandado de prisão preventiva

MATO GROSSO DO SUL

Campo Grande/MS

01 mandado de busca e apreensão e 01 mandado de prisão preventiva

Amambai/MS

01 mandado de busca e apreensão

Dourados/MS

01 mandado de busca e apreensão e 01 mandado de prisão temporária

SÃO PAULO

São Paulo/SP

02 mandados de busca e apreensão

ParlamentoPB com Estadão e G1

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