Quem assistiu ao debate promovido pela TV Manaíra (Band) e mediado pela jornalista Rejane Negreiros na noite desta quinta-feira, 16, percebeu que os cinco candidatos ao Governo da Paraíba (João Azevedo, Lucélio Cartaxo, Tárcio Teixeira, Rama Dantas e Zé Maranhão) apostaram quase sempre em propostas chamativas para atrair a atenção do eleitor. Apenas Rama, que contestou a todos e disse que sua ideia para a Educação era deixar a comunidade decidir, optou por ser comedida nas propostas de mudanças. Ela, contudo, prometeu cortar a isenção fiscal dada a empresas como forma de atrair empreendimentos ao Estado. Para a candidata, esse dinheiro da renúncia fiscal poderia ser utilizado em melhorias para a população, como a construção de casas.
Já o candidato do MDB José Maranhão assegurou que, caso eleito, fortalecerá programas habitacionais e disse que, em sua gestão como governador, bateu recorde de construção num período que não havia as facilidades que existem hoje. “É preciso não só construir casas, é fundamental pensar na infraestrutura e criar rede de esgotos, por exemplo. Se o estado fizer economia de forma correta sobrará dinheiro para custear obras, diminuir o déficit habitacional e trazer melhorias para a população.” E dentro do quesito economia, Maranhão afirmou que “é preciso cortar gastos como carros oficiais que não sejam de serviços essenciais. São muitos os ralos por onde escoa a verba pública. Isso precisa acabar”.
Por sua vez, o candidato João Azevedo, disse que em uma eventual gestão sua no Estado irá realizar concurso anual para a Polícia Militar. Ele também prometeu convocar no ano que vem os 500 policiais militares aprovados no último concurso realizado pelo atual governo e ao fim de quatro anos, contabilizar 4 mil novos professores para a rede estadual. Segundo o socialista, “erão 1 mil já em 2019 e, a cada ano, mais 1 mil. Nosso governo foi o que mais chamou concursados, por isso temos credibilidade para dizer que chamaremos os aprovados no último concurso. E faremos mais concursos”, declarou.
Tárcio Teixeira, do PSOL, chegou a dizer que parecia estar debatendo com uma “pedra” se referindo a João Azevedo. Ele criticou a gestão estadual na Educação e disse que o pagamento dos docentes é recheado por “penduricalhos” que não são incorporados no momento da aposentadoria. “Eu falo do Piso Nacional e isso não é garantido aos profissionais. Vai seguir dessa forma? Parece que estou debatendo com uma pedra. Eu pergunto, mas ele não responde”, reclamou ele. João rebateu a queixa e disse que atualmente os estudantes e professores da rede estadual podem fazer intercâmbio em outros países e que tem valorizado os docentes.