Coordenador da comissão externa da Câmara que acompanha a investigação sobre a morte de João Alberto Freitas, espancado por seguranças de uma loja do Carrefour em Porto Alegre (RS), o deputado Damião Feliciano (PDT-PB) avalia que as empresas devem ser responsabilizadas também economicamente por episódios semelhantes.
Integrantes do colegiado estarão no Rio Grande do Sul, na próxima terça-feira, 1º de dezembro, para as primeiras atividades do grupo, que incluem reuniões com representantes do governo do estado, dos órgãos de segurança pública e do Ministério Pública, entre outros. Também há a intenção de convocar representantes da direção nacional do supermercado Carrefour.
Entre as punições às companhias, Damião Feliciano propõe a suspensão de benefícios fiscais e a vedação de negócios com o poder público. Ele também sugere a criação de um ranking nacional de casos de racismo e violência entre as empresas.
O deputado credita o caso ocorrido em Porto Alegre ao racismo estrutural e institucional que ainda atinge a sociedade brasileira e acrescenta que é prerrogativa do Congresso Nacional propor alterações na legislação para combater a violência contra negros e outras minorias. Damião Feliciano considera ainda que os agentes públicos de segurança e também os funcionários de empresas privadas devem receber melhor preparação para gerenciar casos como a abordagem a João Alberto.