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Curtas paraibanos revisitados em duas mostras no Brasil e Estados Unidos

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Dos cinco curtas-metragens selecionados para a 13ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos em cartaz em 26 capitais e Distrito Federal, além de cidades do interior e em plataforma online, um tem 12 anos de realização: “A poeira dos pequenos segredos (2012), do autor desta coluna. Este ano a mostra tem como tema “Vencer o ódio, semear horizontes”. Por sua vez, em ‘A onda de filmes Queer em Super-8 da Paraíba’ retoma esta semana em reprise no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio, e, em maio (dia 17) será a vez da cidade de Nova Iorque conhecer essa ousada produção cinematográfica na bitola Super-8 da Paraíba.   Os filmes desta mostra já foram exibidos o ano passado na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, no Cinema Santa Tereza, em Belo Horizonte, no Centro Cultural Banco do Nordeste, em Fortaleza, e no Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, em João Pessoa.

As obras, restauradas e transformadas em arquivo DCP para serem exibidas em salas profissionais, são ‘Perequeté’ (1981), de Bertand Lira; ‘Closes’ (1982), de Pedro Nunes, Baltazar da Lomba’ (1982), do grupo de ativismo gay Nós Também – criado por artistas, estudantes e professores universitários – Era vermelho seu batom’ (1983), de Henrique Magalhães; e Miserere Nobis’ (1982), de Lauro Nascimento. O que era rotulado, à época, de “cinema guei” passou a ser alcunhado de “queer” pelo curador William Plotnick, estadunidense residente no Brasil.

Esse resgate se deve ao valoroso trabalho da equipe do projeto Cinelimite, uma associação sem fins lucrativos, criada em 2020, que exibiu no passado, pela primeira vez no Brasil, toda a produção digitalizada nos últimos dois anos, projeto de  uma associação sem fins lucrativos, criada em 2020, com o objetivo de restaurar e exibir esses filmes pelos Estados Unidos, Europa, Ásia e América Latina, em festivais de cinema, cineclubes universitários e salas de cinema alternativas.

A ação da Cinelimite tem a participação da Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA) e da Iniciativa de Digitalização de Filmes Brasileiros (IDFB), sob a supervisão do Diretor executivo da Cinelimite, o estadunidense William Cardoso-Plotnick, que mobilizou uma equipe de entusiastas: Glênis Cardoso (IDFB/Cinelimite), Matheus Pestana (Cinelimite), Laura Batitucci (IDFB/Cinelimite/ABPA), Débora Butruce (ABPA), e Nátalia de Castro Soares (ABPA),

O “cinema guei” gerou controvérsias, mas sua importância foi reconhecida ainda naquele momento pela ousadia no contexto político e social em que surgiu, contribuindo de certa forma, para tornar o super-8 um cinema respeitado entre aqueles que, até então, duvidavam de sua seriedade. ‘Perequeté’, por exemplo, é o retrato de um artista, o ator e dançarino Francisco Marto, atualmente radicado em Nova York, que fala abertamente, pela primeira vez num filme paraibano, do preconceito sofrido por sua orientação sexual e sua inserção no mundo artístico.

O curador da sala de cinema do Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, Paulo Sousa, ampliou essa mostra exclusivamente de filmes super-8 paraibanos dos anos 1980 para uma mostra mais abrangente com filmes nordestinos com a temática LGBTQIAPN+ mais recente. E tem reprise esta semana, dia 23 às 18h, no CCBB-Rio. Em Nova Iorque, a mostra ‘A onda de filmes Queer em Super-8 da Paraíba’ será exibida na sala Anthology Film Archives em Manhattan. O Anthology Film Archives é um centro internacional de preservação, estudo e exibições de filmes e vídeos, com foco especial no cinema independente, experimental e de vanguarda.

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