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CRM interdita Trauminha de Mangabeira por falta de higiene e estrutura precária

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O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) interditou eticamente, nesta sexta-feira (28), o Complexo Hospitalar de Mangabeira Tarcísio Buritiy – Ortotrauma, conhecido como Trauminha. A interdição ética dos médicos que trabalham no complexo hospitalar ocorreu após constatação de diversos problemas na unidade. A interdição começa a valer a partir da 0h deste sábado (29).

Durante a fiscalização realizada pelo Conselho no hospital, na última segunda-feira (24), foram identificadas diversas inconformidades, como estrutura predial e higiene precárias (vazamentos, paredes sujas, infiltrações, presença de barata), falta de privacidade e roupa de cama nos leitos, iluminação e ventilação insuficientes, falta de medicamentos, espera superior a sete dias por cirurgia, além de escala médica incompleta nos sábados e domingos.

Segundo o relatório do Departamento de Fiscalização, nas condições que se encontra, o hospital traz grande risco para o atendimento à população e ao exercício profissional da medicina. Nos últimos três anos, foram realizadas nove vistorias na unidade e uma interdição ética em um dos centros cirúrgicos.

Na última terça-feira (25) o presidente do CRM-PB, Roberto Magliano de Morais, e o Diretor do Departamento de Fiscalização do conselho, João Alberto Pessoa, participaram de uma reunião online com a diretora técnica do Complexo Hospitalar de Ortotrauma de Mangabeira, em João Pessoa, Renata Freitas, quando discutiram as inconformidades encontradas durante a vistoria realizada pelo conselho na segunda-feira (24).

“Solicitamos providências e informamos que o relatório da fiscalização foi encaminhado para o prefeito e Secretário de Saúde, com prazo para corrigir os graves problemas de higiene, estrutura e escala médica”, disse o presidente do CRM-PB.

De acordo com o diretor de fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa, a interdição ética impede que o hospital receba novos pacientes, mas não comprometer os pacientes que já estão internados e nem as cirurgias que devem ser realizadas.

Secretaria de saúde diz que não foi notificada

A Secretaria Municipal de Saúde do município disse, em nota, que não recebeu oficialmente a notificação de interdição, assim como a direção do Trauminha. A SMS reforça que a interdição implica em grande perda para a população.

Confira íntegra da nota:

Sobre a interdição ética dos médicos que atuam no Complexo Hospitalar de Mangabeira Tarcísio de Miranda Burity (Ortotrauma) pelo Conselho Regional de Medicina (CRM):

1. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a direção do Complexo Hospitalar não receberam oficialmente a notificação de interdição;

2. O relatório recebido da visita realizada pelo CRM no dia 25/08 está sendo respondido dentro do prazo definido pelo Conselho, inclusive a escala médica do mês solicitada foi entregue à instituição na última quinta-feira (27). As demais questões tratadas no relatório também já estão sendo respondidas, cumprindo os prazos definidos;

3. Por fim, a SMS reforça que essa interdição implica em grande perda para a população, que fica impedida de receber atendimento em todas as especialidades médicas que atendem no Complexo Hospitalar de Mangabeira. Ou seja, ficarão desassistidos todos que busquem o serviço como, pacientes vítimas de acidentes de trânsito, em parada cardíaca, com transtornos psiquiátricos, pacientes de UTIs e outros.

4. O hospital é referência no Estado da Paraíba em cirurgia de urgência e emergência de áreas abaixo do cotovelo e abaixo do joelho, conforme pactuação firmada com o Ministério da Saúde, atendendo pacientes de João Pessoa e da primeira macrorregião do estado. Neste ano, já foram realizados 46.886 atendimentos e mais de 3.700 cirurgias.

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