O deputado federal Luiz Couto (PT) apresentou hoje de manhã à imprensa, durante um café da manhã no Hotel Xênius, um manifesto em prol de sua candidatura ao Senado contendo 400 assinaturas de lideranças diversas, a exemplo de prefeitos, vices, ex-candidatos e, principalmente, dirigentes partidários. Apesar de todo o movimento deflagrado em prol de sua postulação, Couto manteve um discurso moderado e declarou que a candidatura não está, ainda, definida:
"O que fizemos foi um manifesto para a discussão. Acreditamos que a Paraíba precisa avançar e que esse projeto de desenvolvimento passa pela candidatura de Ricardo Coutinho ao Governo do Estado, mas o momento para decidir isso tudo é o processo de eleições diretas (PED) do PT e o congresso do partido, que acontece em janeiro. Nessas instâncias vamos discutir as alianças", declarou Couto.
Ele foi mais claro em relação ao rompimento com o governador José Maranhão: "O apoio do PT ao Governo Maranhão III não implica em repetição da aliança em 2010. O PT apresentou a ele um documento elencando 13 políticas públicas que deveriam ser implementadas, mas nada foi cumprido. Acreditamos que ele não representa a renovação que o Estado precisa".
Luiz Couto respondeu às acusações feitas pelo senador Efraim Morais, para quem teriam partido do petista as informações divulgadas pela imprensa a respeito da contratação de 52 fantasmas no Senado: "Eu não fiz nada disso e a imprensa nem precisa dessa ajuda. Quem for ao Senado vai encontrar farto material. Isso é mentira do senador para tentar desqualificar as denúncias".
Cássio – A especulada tese de aliança entre Ricardo Coutinho e Cássio Cunha Lima não ficou de fora dos comentários de Couto. Ele declarou que seu partido não celebra composições com pessoas, mas com propostas e partidos, mas, mesmo assim, deixou claro que para apoiar Cássio, seria necessário que ele deixasse o PSDB: "Não acredito numa composição de Ricardo Coutinho com Cássio Cunha Lima, porque ele representa as forças retrógadas do Estado. O PSDB e o DEM são oposição ao projeto do PT. Se Cássio deixar o PSDB, essa questão pode ser repensada".