O título da Copa do Mundo feminina segue nos Estados Unidos. Campeões da última edição, os Estados Unidos enfrentaram a Holanda na final do Mundial hoje (7), no Stade de Lyon, e com segundo tempo arrasador, venceram por 2 a 0, com gols de Rapinoe e Lavelle, conquistando novamente o título da competição.
A vitória garantiu aos Estados Unidos seu quarto título da Copa do Mundo feminina em oito edições disputadas. As norte-americanas também ficaram com a medalha de ouro 1991, 1999 e 2015. Com 100% na campanha atual – sete vitórias em sete jogos -, as norte-americanas se isolaram ainda mais como a seleção com mais títulos no torneio.
Em sua primeira final de Mundial, a seleção feminina da Holanda surpreendeu ao segurar o forte ataque norte-americano em boa parte do jogo. Em um lance de infelicidade da defesa holandesa, Van der Gragt cometeu pênalti em Morgan, e, após checagem do Árbitro de Vídeo, a arbitragem assinalou pênalti, convertido por Rapinoe. Mais tranquilas, as norte-americanas ainda acertaram contra-ataque perfeito com Lavelle e ampliaram.
Quem foi bem: Megan Rapinoe e Van Veenendaal
Capitãs de suas seleções, Megan Rapinoe e Van Veenendaal foram os principais nomes da final. Camisa 15 dos Estados Unidos, Rapinoe comandou o ataque de seu país e foi responsável por cobrar o pênalti que abriu o placar da partida. Pelo lado holandês, Van Veenendaal fez o que pôde para salvar a seleção europeia. Com defesas espetaculares no primeiro tempo, a arqueira ajudou a levar a partida em pé de igualdade para o intervalo.
Quem foi mal: Van der Gragt
Um lance de infelicidade marcou a atuação de Van der Gragt na final da Copa do Mundo. Em lance de bola levantada na área, a zagueira holandesa acertou chute em Morgan, que foi ao chão. Após consultar o VAR, a árbitra assinalou pênalti e deu cartão amarelo para a defensora.
Atuação dos EUA
Os Estados Unidos entraram em campo como atuais campeões da Copa do Mundo, defendendo o título conquistado em 2015. Com time experiente, os EUA propuseram o jogo desde o início, e tentaram imprimir sua pressão característica nos primeiros minutos de jogo. Com Rapinoe bem marcada, coube a Morgan assumir o protagonismo ofensivo e buscar finalizar.
No segundo tempo, novamente com pressão no início e marcação avançada, as norte-americanas abriram o placar com a capitã Rapinoe em cobrança de pênalti. À frente do marcador, passaram a se preocupar mais com o setor defensivo, e, em rápido contra-ataque, ampliaram com Lavelle em belo arremate.
Atuação da Holanda
Atual campeã da Eurocopa, a Holanda mostrou força e não se intimidou com o forte ataque norte-americano no primeiro tempo. Com marcação bem encaixada, não deu muito espaço às rivais, e ainda contou com atuação segura de sua goleira. Na segunda etapa, no entanto, as holandesas sofreram gol de pênalti e, em seguida, passaram a atacar de maneira desorganizada, concedendo espaços aos Estados Unidos.
Cronologia do jogo
Remanescente do título da Eurocopa, em 2017, a goleira Van Veenendaal brilhou no primeiro tempo da partida. Com os Estados Unidos pressionando, a arqueira holandesa precisou trabalhar para evitar que sua seleção sofresse com o forte ataque rival. Van Veenendaal salvou quatro chutes perigosos dos EUA, mas foi em arremate de Alex Morgan, de fora da área, que a goleira mais teve trabalho. Segura, a goleira do Arsenal-ING mostrou muito foco e segurança.
Dúvida para a partida, Megan Rapinoe, eleita a melhor jogadora do mundo em 2017, foi a principal articuladora dos Estados Unidos em lances ofensivos. Praticamente todas as oportunidades das norte-americanas passaram pelo pé de Rapinoe, que caiu pelo lado esquerdo do ataque e foi muito bem marcada pela lateral Van Lunteren. Enfrentando marcação individual, Rapnioe conseguiu se desvencilhar em poucos momentos.
No segundo tempo, os Estados Unidos mostraram sua força ofensiva. Após consulta ao VAR e pênalti marcado, Rapinoe abriu o placar e mudou o panorama da partida. Atrás no placar, a Holanda precisou lançar-se ao ataque e deixou espaços entre o meio de campo e a defesa, e acabou pagando caro. Em veloz contra-ataque, os EUA ampliaram com Lavelle. Com tempo no relógio, as holandesas ainda lutaram, mas encontraram um rival bem postado atrás e com praticamente todo o time atrás da linha da bola.
Ninguém tem mais títulos que elas
Pela quinta vez na final da Copa do Mundo, em oito edições realizadas, os Estados Unidos conquistaram seu quarto título, ampliando seu recorde no futebol feminino. Com títulos em 1991, 1999 e 2015, as norte-americanas perderam apenas uma final, em 2011, para o Japão, nos pênaltis.
Líderes marcam presença na final
A grande final da Copa do Mundo mais assistida da história contou com a presença de líderes mundiais. Presidente do país sede, Emmanuel Macron, da França, esteve nas tribunas de honra do estádio em Lyon, ao lado do rei Willem-Alexander, da Holanda. Gianni Infantino, presidente da Fifa, organizadora do torneio, também compareceu ao jogo. Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump não acompanhou o duelo presencialmente.
Técnicas fazem história
Pela segunda vez na história da Copa do Mundo feminina, duas técnicas estiveram na beira do gramado comandando suas seleções na final do Mundial. Em 2003, as técnicas Tina Theune-Meter, da Alemanha, e Marika Domanski, da Suécia, marcaram presença na grande final. Este ano, Jill Ellis, da seleção norte-americana, e Saria Wiegman, da Holanda, repetiram o feito após 16 anos.
UOL